Investigação levou a que enteada do suspeito tivesse quebrado o silêncio e revelado que também foi vítima dos mesmos abusos. Presente às autoridades judiciárias, o homem de 46 anos ficou sujeito às medidas de coação de termo de identidade e residência e proibição de contactos com as vítimas.
APolícia Judiciária informa que, através da Diretoria do Sul, identificou e deteve de um homem, com 46 anos de idade, por “fortes indícios” da prática dos crimes de abuso sexual de crianças agravado e coação sexual, ilícitos praticados sobre a filha e uma enteada.
Em comunicado, a PJ esclarece que as agressões sexuais sucederam em períodos distintos, ocorrendo os abusos que visaram a filha, uma menor de 12 anos, no decorrer do presente ano. Em relação à enteada, hoje com 19 anos, as agressões ocorreram quando tinha 15 anos.
A investigação, tutelada pelo Ministério Público de Olhão, iniciou-se em 8 de junho deste ano, data em que a Diretora do Sul da Polícia Judiciária recebeu notícia da denúncia dos abusos sexuais dos quais a criança de 12 anos foi vítima.
Desencadeada a investigação, conta a PJ, foi possível recolher outros relatos de abusos sexuais praticados pelo ora detido, nomeadamente junto de uma jovem com a qual aquele coabitara, filha de uma anterior companheira. A menor pôs termo a “anos de silêncio relativamente aos episódios de violência sexual de que fora vítima”, sublinha a autoridade.
Segundo a investigação, as agressões sexuais verificavam-se sempre no interior da residência do ora detido, em ambiente “totalmente controlado” pelo mesmo.
O conjunto de diligências realizadas permitiu a recolha de relevantes elementos probatórios, tendo culminado esta terça-feira, dia 28, com a detenção do suspeito. Presente às Autoridades Judiciárias competentes, o homem ficou sujeito às medidas de coação de termo de identidade e residência e proibição de contactos com as vítimas, faz ainda saber a PJ.