Após ficar um mês preso, homem consegue provar inocência e é liberado do Presídio de Cruzeiro do Sul

Após passar um mês preso e conseguir provar sua inocência, Delvair Costa Pinto, de 24 anos de idade, foi liberado na tarde desta terça-feira (30) do Presídio Manoel Nery da Silva, em Cruzeiro do Sul. O homem, que trabalha como agricultor, foi acusado de tráfico de drogas, depois que se envolveu em um acidente de trânsito na BR-364, próximo a rotatória de Rodrigues Alves, no dia 29 de maio, quando duas motocicletas colidiram. No local do acidente a Polícia Militar encontrou uma mochila com 05 quilos de maconha. Delvair foi preso suspeito de ser o dono do entorpecente.


Após investigações realizadas neste período, a Polícia Civil descobriu que o verdadeiro dono da droga era o condutor da outra moto envolvida no acidente, J.C.C., de 40 anos, que foi preso na manhã de hoje (30). A Polícia Civil deu cumprimento ao mandado de prisão, quando o acusado recebia alta do Hospital do Juruá, onde passou um mês em tratamento em decorrência do acidente.


Após conseguir provar sua inocência, Delvanir agora comemora a volta para casa. Ele conta que se sentiu injustiçado, mas a saudade da família foi uma das piores situações que passou dentro da unidade prisional.


“Eu fiquei em uma cela com outros detentos considerados pacíficos. Quando fui preso, eu me vi injustiçado, estava sendo culpado por algo que não fui e não sou. Minha mãe me deu educação, valor de homem para conviver na sociedade, sempre me ensinou a trabalhar. Somos em 16 pessoas na minha casa, uma família humilde, mas sempre trabalhamos na roça para sobreviver. Quebrei o braço ainda no acidente, estou pensando como vou trabalhar, mas agradeço a Deus, a minha mãe e ao advogado que agora estou voltando para casa”, relatou.


O advogado Jairo Castro explicou que a intenção da defesa sempre foi a de provar a inocência de seu cliente, independente de encontrar os culpados.


“Um trabalhador, inocente, conseguimos com o trabalho bem feito da Polícia Civil que investigou com afinco, e conseguimos provar. Desde o início sabíamos que ele não tinha culpa. Nunca trabalhamos nesse caso com a possibilidade de encontrar um culpado, mas de comprovar a inocência. Por ventura a polícia descobrir, é um trabalho dela. Apesar do trauma, agora ele vai tentar levar a vida dele normal”, relatou o advogado Jairo Castro.


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