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“Se não foi em missão oficial, pode ter sido fuga”, diz o senador que pediu a retenção do passaporte do ex-ministro da Educação

O senador Fabiano Contarato, da Rede do Espírito Santo, cobrou o Ministério da Educação sobre o caráter da viagem de Abraham Weintraub aos Estados Unidos — o MEC confirmou há pouco que o ministro está naquele país.


Segundo Contarato, Weintraub deve explicar se foi em missão oficial. Se foi, deve comprovar para que, uma vez que há restrição de entrada de brasileiros nos Estados Unidos, imposta por Donald Trump.


“Se não foi em missão oficial, podemos trabalhar com a suposição de que foi fuga”, afirmou Contarato.


Ontem, o senador divulgou ter oficiado Alexandre de Moraes, relator no STF do inquérito das fake news, que investiga Weintraub, pedindo a proibição de o ministro deixar o país e a retenção de seu passaporte.


O “Diário Oficial da União” publicou em edição extra pouco antes das 12h deste sábado (20) a exoneração, a pedido, de Abraham Weintraub do cargo de ministro da Educação.


A versão eletrônica da edição extra do “Diário Oficial” foi ao ar pouco depois de divulgada a informação de que Weintraub havia chegado aos Estados Unidos.


Brasileiros estão obrigados a fazer quarentena para entrar nos Estados Unidos por causa da pandemia do novo coronavírus. Mas o decreto americano que definiu essas regras tem exceções, uma das quais diz respeito a vistos que autorizam a entrada diretamente.


Ministros têm direito a esse visto especial. Como ao desembarcar em Miami, Weintraub ainda não havia sido exonerado, ele pode ter se valido desse visto para entrar.


A assessoria de imprensa do Ministério da Educação informou que a viagem de Weintraub já estava relacionada com o novo cargo que ele deve ocupar no Banco Mundial. Para cargos como esse, o visto apropriado é o chamado visto G.


A TV Globo questionou o Itamaraty a respeito e aguardava resposta até a última atualização desta reportagem.


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