“Pregam obediência, mas não obedecem?”, questiona pastor sobre cultos na pandemia

O terapeuta e pastor da Igreja Lagoinha de Rio Branco, Marcelo Torres, comentou nesta segunda-feira, 29, as críticas que vem sendo proferidas ao governo do Acre diante do decreto que impede o funcionamento de templos religiosos durante a pandemia da Covid-19. Em seu perfil no Facebook, o pastor comentou que não vê “nenhuma perseguição em relação às igrejas em Rio Branco”.


O comentário do pastor da Lagoinha é contrário ao da maioria de líderes religiosos até o momento, que criticam o fechamento das igrejas enquanto supermercados e distribuidoras seguem com as portas abertas. “Esses dias vi um post de alguém falando que as autoridades perseguem as igrejas enquanto muitos bares estão abertos. Não se pode comparar a postura de uma igreja com um bar. Da igreja se exige um padrão moral muito mais elevado”, explica Marcelo Torres.


O posicionamento do pastor veio logo após o Ministério Público Federal anunciar que a Igreja Assembleia de Deus na capital acreana, bem como o pastor Luiz Gonzaga, podem responder cível e criminalmente por realizar reunião e festa religiosa, aglomerando até mais de 100 pessoas, durante a pandemia, desrespeitando o Decreto Estadual que veta atividades religiosas presenciais em razão da pandemia de Covid-19.


Marcelo ressaltou que a igreja deve ser ética, guardiã dos bons atos, defensora da vida e deve agir dentro da lei. “Se um bar está aberto…e daí? A igreja vai usar isso pra justificar sua desobediência? O bar virou parâmetro pra igreja?”, questionou. “Líderes pregam a obediência, mas não obedecem? Se estão abrindo estão na prática de desobediência. Se forem penalizados não é perseguição… é justiça”, completou Torres, descrevendo passagens bíblicas para atestar seu posicionamento.


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