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No AC, mulher que teve parto induzido por causa da Covid-19 segue em coma e ainda não sabe da morte do filho

Exame para confirmar se vírus ainda estava presente descartou doença e paciente foi transferida para UTI normal do PS em Rio Branco para tratar pneumonia.


A acadêmica de psicologia Patydan Castro, de 34 anos, que perdeu o bebê após um parto induzido na UTI do pronto-socorro de Rio Branco, continua em coma induzido na unidade e ainda não sabe da morte do filho. Segundo o marido da paciente, o médico Raimundo Castro, o exame de PCR descartou a presença do vírus e ela já é considerada curada da doença.


Apesar de não estar mais com a Covid-19, Patydan segue em uma UTI da unidade tratando das sequelas da doença, já que está com pneumonia e trombose. Ela foi transferida da UTI Covid para uma UTI normal do pronto-socorro.


“Há dois dias chegou o resultado do PCR e deu negativo, então, ela foi transferida para uma UTI normal. Ela continua entubada, estava programado para ela fazer uma traqueostomia hoje, mas não foi possível porque ela teve um pneumotórax. Então, a Covid ela não tem mais, agora está tratando as sequelas. O cardiologista fez avaliação e disse que o coração dela está ótimo, agora é isso, está se recuperando do parto e da curetagem e com essa inflamação no pulmão”, disse o marido.


A paciente, que estava no sexto mês de gravidez e com Covid-19, está internada há 16 dias na UTI do pronto-socorro. O parto induzido foi feito na segunda-feira (15) para não colocar em risco a vida da mãe e do bebê.


O bebê nasceu vivo e, em seguida, teve uma parada cardíaca, chegou a ser reanimado por quase uma hora pela equipe médica, mas não resistiu. Em coma induzido, Patydan não recebeu a notícia sobre a perda do bebê.


“Ela não sabe ainda, em momento nenhum ela acordou. A nossa filha de 4 anos também ainda não está sabendo, todo dia ela pergunta pelo bebê. Estou confiante que ela vai ficar bem, tenho muita fé, vai sair um grande milagre”, afirmou Castro.


Medo de pegar a doença


Por conta da profissão do marido, a acadêmica redobrou os cuidados na gravidez. O médico conta que nem estava dormindo em casa para evitar a contaminação.


Ele também pegou a Covid-19, mas diz que a mulher teria contraído a doença de uma secretária que continuava trabalhando na casa da família durante a quarentena.


“Eu estava em um hotel e quem estava em casa ajudando minha esposa era a secretária. Ela pegou a Covid-19 e com quatro dias depois a minha esposa pegou também. Desde quando tudo começou, em março, ela ficou muito assustada e se isolou no quarto, com muito medo de pegar por conta do bebê que a gente planejou, ela estava se cuidando muito. Mas, infelizmente, essa doença é assim. Agora temos que buscar forças em Deus”, contou.


No último dia 12 de junho, o médico foi para frente do pronto-socorro e fez uma oração pedindo pela vida da mulher. “Acredito em Deus, fiz essa oração não só para ela, mas para todo o hospital, todos que estão nessa luta, a gente está em uma guerra”, lamentou.


O marido chegou a fazer uma campanha pedindo a doação de plasma de pessoas que tiveram a Covid-19 e já são consideradas curadas para ajudar no tratamento da mulher. Se trata de um tratamento experimental em pacientes internados com a doença.


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