A Justiça acreana negou um recurso da defesa de Rogério da Silva Brito e manteve a condenação de 21 anos por feminicídio. Brito está preso por matar a namorada Débora Cristina Araújo, de 19 anos, no dia 11 de dezembro de 2017.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) negou, por unanimidade, a apelação do acusado. No recurso, a defesa pediu para que o crime fosse julgado novamente, mas como homicídio culposo, já que, segundo o acusado, o disparo que matou Débora foi acidental.
O G1 não conseguiu contato com os representantes de Brito citados no processo.
Recurso
Na decisão, o desembargador Samoel Evangelista destacou que não ficou provada a alegação do acusado e deve ser mantida a escolha do júri popular. Além disso, as testemunhas alegaram que Brito era ciumento e controlador com a namorada.
Crime
Débora foi morta com um tiro de escopeta na cabeça. O crime ocorreu na Rua Dr. Sérgio Bruno, no Conjunto Jetiquibá, em Rio Branco. O namorado da jovem foi preso em flagrante ainda no local do crime.
Na época, a polícia informou que Rogério Brito foi encontrado dentro de uma casa chorando e confessou para a equipe que tinha matado a namorada. Populares falaram para a PM que houve uma confusão entre o casal.
A arma utilizada no crime, uma escopeta calibre 12, foi encontrada escondida embaixo de uma caixa d’água da casa. Ainda segundo a polícia, Brito tentou se matar com uma faca e foi impedido pelos moradores.