A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar da Comarca de Rio Branco decidiu, em uma audiência de instrução por videoconferência, pronunciar José Vagner Pedrosa Bezerra, de 46 anos, a júri popular.
Bezerra está preso pela morte da artista chilena Karina Constanza Bobadilha Chat, de 22 anos, morta com mais de 20 facadas em fevereiro deste ano.
Ele foi denunciado por feminicídio e furto e segue preso no Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco. Karina era artista de rua e foi encontrada ferida na Avenida Amadeo Barbosa, foi socorrida, mas morreu no pronto-socorro.
A audiência de instrução de Bezerra foi realizada na segunda-feira (1º). A defesa dele já entrou com recurso contra a pronúncia.
“Teve a decisão de pronúncia, mas ontem mesmo já fiz a interposição do recurso. A primeira fase do júri é essa, que ele é pronunciado ou impronunciado, só que cabe recurso em sentido restrito”, explicou o advogado do preso, Matheus Moura.
O advogado disse que o recurso deve ser avaliado em 30 a 60 dias após a audiência. Devido à pandemia do novo coronavírus e as restrições de distanciamento social, não há data para ser realizado o julgamento do réu.
“O crime dele é duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Entrei com o recurso e agora abriu o prazo de cinco dias para fazer as razões, após isso, o MP é intimado para apresentar um parecer e depois vai para a Câmara Criminal entender se vai ou não ser pronunciado”, concluiu.