Com aulas suspensas, escolas privadas de ensino infantil já perderam até 50% dos contratos

Com as aulas da rede pública e privada suspensas desde o dia 17 de março, devido à pandemia do novo coronavírus no Acre, escolas particulares começam a perder contratos e correm o risco de fechar as portas em Rio Branco. Teve instituição que perdeu até 50% dos contratos.


A suspensão das aulas fez com que muitas escolas se readequassem com aulas on-line e outras ferramentas para acompanhamento remoto dos alunos. Mas, o ensino infantil acabou tendo o cancelamento de contrato.


Com isso, instituições privadas também têm enfrentado dificuldades para se manterem abertas em meio à redução de receitas, devido à suspensão e cancelamento de contratos. O ensino infantil é o mais afetado.


Michelly Domingues trabalha na educação há 20 anos e http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistra uma escola infantil em Rio Branco e conta que a instituição já chegou ao índice de quase 50% de matrículas suspensas.


“A margem de desconto a gente já chegou a mais de 35%, fora a inadimplência porque o pai não está deixando de pagar porque ele quer, está deixando de pagar porque foi atingida a renda dele. Fora as crianças que os pais trancaram por medo, porque a gente tem bebê aqui de um ano, então, o pai resolveu tirar nesse momento e voltar quando tiver segurança”, contou.


Michelly diz que é feito um esforço para manter as atividades, mas a dificuldade é muito grande.


“Nós estamos nesse período se desdobrando, toda equipe pedagógica para que a escola fique viva nos lares. Afetou muito porque desenvolveu um medo. Muitos pais trancaram contratos”, lamentou.


Algumas escolas tiveram que fechar as portas definitivamente. A categoria reclama da dificuldade em negociar o pagamento de impostos com o poder público, segundo informações da presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Acre (SINEPI), Elizabeth Costa.


“Teve escola que já abriu falência, então, isso foi um ponto muito negativo para a gente que presta serviço de qualidade e que emprega milhares de pessoas, por isso que considero importante o poder público também estar olhando para a nossa situação”, desabafou.


A presidente do sindicato ainda reclamou da falta de flexibilização de impostos.


“O que aconteceu foi que durante a pandemia não tivemos nenhum tipo de flexibilização quanto a impostos, quanto a nada. Nós continuamos pagando os mesmos impostos, o pai pagando ou não a escola que se tornou muito pesado”, contou.


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