(Reuters) – O Brasil registrou nesta terça-feira um novo recorde de casos notificados de coronavírus em um único dia, com 34.918 infecções registradas nas últimas 24 horas, o que eleva o total no país para 923.189, informou o Ministério da Saúde.
Em relação à contagem de óbitos, foram 1.282 novas mortes registradas no período de 24 horas, com o total atingindo 45.241. O recorde diário de óbitos permanece sendo de 4 de junho, quando o país contabilizou mais de 1.400 mortes.
A máxima anterior de casos registrados em um só dia era de 30 de maio, com 33.274 infecções, segundo dados do ministério.
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de infecções e óbitos em decorrência da Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que possuem cerca de 2 milhões de casos e 116 mil mortes.
A pandemia, porém, tem maior aceleração no Brasil do que nos EUA, uma vez que o Centro para Controle e Prevenção de Doenças norte-americano (CDC, na sigla em inglês) reportou nesta terça-feira 18.577 novos casos e 496 mortes — números inferiores aos do Brasil.
Segundo a contagem do Ministério da Saúde dividida por Estados, São Paulo continua como o mais afetado pela doença no Brasil, atingindo 190.285 infecções e 11.132 mortes.
Com a contabilização de 365 mortes nas últimas 24 horas, o Estado teve seu recorde diário de óbitos desde o início da pandemia. O número elevado foi atribuído pelo Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo ao atraso nos testes aos finais de semana e segundas-feiras, o que provoca um salto nos números às terças.
O Rio de Janeiro vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 83.343 casos e 7.967 mortes, acompanhado pelo Ceará, que possui 81.289 infecções confirmadas e 5.070 óbitos.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse nesta terça-feira que não observa desaceleração na pandemia no Brasil. A entidade indicou que a epidemia não passou do pico na América Latina e pediu a continuidade das medidas para evitar a disseminação da doença.
Segundo a diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para as Américas, Carissa Etienne, o Brasil responde por 23% dos quase 4 milhões de casos de Covid-19 nas Américas e por 21% das mais de 200 mil mortes na região.
O Ministério da Saúde não realizou entrevista coletiva nesta terça-feira. Na véspera, autoridades do ministério anunciaram a ampliação do protocolo para uso da hidroxicloroquina no combate à doença no país, indo na contramão da agência reguladora norte-americana FDA, que revogou a utilização emergencial do medicamento.
O Brasil possui ainda 441.729 pacientes recuperados da doença e 436.219 em acompanhamento, segundo o ministério.