Um estudo publicado por pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisa Médica de Franceville apontou sete variações de coronavírus presentes em morcegos nas cavernas do Gabão, África Central.
De acordo com a pesquisa publicada pela revista Nature, 1.066 morcegos de cinco espécies diferentes foram testados para o coronavírus. Dezoito deles apresentaram um total de sete sequências diferentes, das quais cinco estão ligadas a linhagens anteriores encontradas em seres humanos.
Isso inclui o coronavírus 229E, que circula entre os seres humanos desde a década de 1960, mas geralmente causa apenas sintomas leves de resfriado.
A pesquisa também foi realizada com 494 de roedores de 16 espécies diferentes, 33 primatas e outros 274 animais selvagens. Não foram encontrados coronavírus nesses outros animais.
Ainda de acordo com o estudo, quase todos os coronavírus encontrados em humanos têm transmissão zoonótica – de animais para humanos – ou um tipo próximo que circula em animais selvagens.
Os cientistas especularam se os novos coronavírus poderiam se espalhar para os seres humanos, causando outra epidemia. No entanto, de acordo com o estudo, outras pesquisas adicionais precisariam ser feitas primeiro.
O primeiro caso do novo coronavírus, o Sars-Cov-2, no Gabão foi detectado em março de 2020. Em abril, o governo baniu proibiu a venda de morcegos e pangolins como iguaria.