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Ministro da Educação vai à PF depor sobre ofensas ao Supremo e fica em silêncio

O ministro Abraham Weintraub prestou depoimento na manhã desta sexta-feira à Polícia Federal no Ministério da Educação, como parte das investigações do chamado “inquérito das fake news”, aberto pelo Supremo Tribunal Federal. Durante o interrogatório, ele se manteve em silêncio, sem responder às perguntas.


A ordem para que Weintraub prestasse depoimento partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável pelo inquérito, que apura a disseminação de notícias falsas e ameaças aos ministros do tribunal.


O objetivo do depoimento foi esclarecer a manifestação de Weintraub na reunião ministerial de 22 de abril, cujo conteúdo se tornou conhecido na semana passada.


O ministro defendeu a prisão de ministros do STF, chamados por ele de “vagabundos”. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”, declarou o ministro na ocasião (relembre no vídeo abaixo).


O governo tentou impedir o depoimento de Weintraub. O ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, entrou com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender o depoimento.


André Mendonça argumentou que não existe relação entre o objeto do inquérito e o exercício da liberdade de expressão.


Mandados de busca e apreensão

André Mendonça também estendeu o pedido a todos os alvos de mandados de busca e apreensão no inquérito. Nesta quarta (27), a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão contra 17 pessoas.


Aliados do presidente Jair Bolsonaro foram alvos da operação, entre os quais o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang. Eles negam irregularidades.


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