Três entidades científicas brasileiras emitiram um documento com diretrizes para o tratamento da Covid-19 e, em consenso, não recomendaram o uso de rotina da cloroquina e da hidroxicloroquina.
Assinam o documento a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Para elas, as evidências científicas disponíveis sugerem que o nível de confiança da cloroquina é baixa e tem risco considerado “importante”.
“O painel de recomendações entendeu que as evidências disponíveis não sugerem benefício clinicamente significativo do tratamento com hidroxicloroquina ou com cloroquina. Houve entendimento de que o risco de eventos adversos cardiovasculares é moderado, em especial de arritmias.”
No documento, as associações médicas afirmaram que os estudos foram feitos em pacientes hospitalizados e, portanto, não há base para o consumo da droga por pacientes ambulatoriais. “Seu uso preferencial deve ser realizado mediante protocolos de pesquisa clínica”, dizem os pesquisadores.