Algumas cidades do Brasil, como Curitiba, Mato Grosso e São Paulo, passaram a exigir de forma obrigatória o uso da máscara pelos cidadãos em seus deslocamentos. Essa medida, por enquanto, não está no radar dos gestores do Recife e de Pernambuco.
Nesta quinta-feira (16), inclusive, tanto o secretário de Saúde do Estado, André Longo, quanto o da Capital, Jailson Correia alertaram que o uso da máscara deve ser feito com muita atenção, uma vez que, se mal utilizado, o acessório pode ser um veículo de contaminação ao invés de proteção.
Isso acontece porque o manuseio da máscara exige cuidados. Não se deve, por exemplo, ficar arrumando a máscara no rosto a todo momento, principalmente tocando a parte frontal dela. Se máscara atua como uma barreira de proteção contra o vírus, logo, é na parte frontal dela que ficam depositados os resíduos aos quais não se deseja ter contato.
A colocação e a retirada do equipamento deve acontecer através dos elásticos laterais e o descarte ou a lavagem, no caso das máscaras reutilizáveis, devem estar de acordo com as normas sanitárias.
“Se não houver o uso adequado, essas máscaras podem ser instrumento de contaminação. Não me parece cabível, neste momento, recomendação de obrigatoriedade de máscaras. Não me parece ter evidência para isso, mas estamos estudando o tempo inteiro o que diz a literatura científica, os órgãos internacionais e, com toda humildade, vamos reconhecer se houver algum novo direcionamento nesse sentido. Entretanto, é importante lembrar sempre que, se o uso da máscara desviar do uso do álcool gel, da necessidade de lavagem das mãos e da etiqueta respiratória, não estará ajudando”, explicou Jailson Correia.
O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, alertou ainda que a população não deve abrir uma concorrência na busca pelas melhores máscaras do mercado, as do tipo N95, pois isso poderia reduzir a oferta do equipamento para os profissionais da saúde que estão em maior exposição ao vírus.