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Presidente da federação critica governo por prorrogar fechamento de comércio no Acre

A prorrogação do decreto que suspende as atividades comerciais no Acre, divulgado na sexta-feira (17), em combate ao novo coronavírus deixou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecoméricio) frustrada.


E fez com que o presidente, Leandro Domingos, em uma rede social, criticasse a decisão do governador Gladson Cameli de endurecer as medidas e não atender as necessidades dos empresários.


“Ficamos frustrados com esse decreto, porque a gente vem dialogando, conversando e tentando negociar para abertura do comércio. A gente sabe que a maioria das empresas daqui são pequenas e médias e não têm a capacidade financeira para suportar um momento difícil que vivemos”, relatou o presidente.


Em contato com o G1, a porta-voz do governo, Mirla Miranda, argumentou que o governo está ciente de todos os problemas, mas que não vai responder ao posicionamento das redes sociais.


Em entrevista à Rede Amazônica Acre no dia 25 de março, Domingos falou que “vão morrer mais empresas do que pessoa”’ na crise causada pela Covid-19. A presidência prevê crise na geração e empregos e pede a suspensão do pagamento de tributos.


Nesta segunda (20), Domingos afirmou que muitas empresas já estão demitindo funcionários porque não têm como pagar. Porém, ele reforçou que a saúde humana é a principal preocupação no momento, mas acredita que há meios de manter o comércio respeitando as regras da Organização Mundial de Saúde (OMS).


“Se a gente permanecer muito tempo fechados, vai ter empresa que não vai ter capital de giro para reabrir. Nos preocupamos também com os empregados. Tem gente que construiu uma empresa com tanto esforço e sacrifício, mas o governo precisa encontrar uma forma de intermediar, porque depois do corona vírus vamos ter muitas consequências”, relatou.


Medidas


A surpresa com a renovação do decreto, segundo Domingos, é porque a classe tem se reunido e apresentado propostas para o governo. Entre as medidas já apresentadas para abertura do comércio, o presidente destacou as seguintes:


Uso de álcool em gel nos estabelecimentos;Funcionários de máscaras;Limite de funcionários e clientes por empresas;Pessoas responsáveis pelas fiscalizações;Controle interno das empresas;Não permitir a entrada de clientes sem máscara.


“A gente achava que ia haver uma abertura gradual do comércio, aí saiu foi um decreto apertando ainda mais. Fizemos propostas de que a empresa iria contribuir com as medidas. Governo vai ter que disponibilizar e fornecer máscaras para a população, porque tem muita gente pobre que não pode pagar por uma máscara. Tem que contribuir nesse aspecto também, não pode simplesmente exigir e ameaçar de punir sem usar os meios necessários para que as pessoas possam cumprir as medidas”, disse incisivo.


Domingos afirmou que o caos econômico também causa problemas de saúde. Ele disse que não sabe se a Federação vai continuar se reunindo e debatendo as ações com o governo.


“A gente discute, discute e as ações não são compactuadas. O governo faz o que acha que deve fazer. Acredito que até sem pressão do Ministério da Saúde e da Vigilância. Tem que levar em consideração e ver a questão sanitária, mas não pode esquecer o lado da economia, que vai causar danos irreparáveis. Muitas pessoas ficam desempregadas e não tem como alimentar a família e desenvolvem outros problemas”, concluiu.


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