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Obama: ‘O maior erro que líderes podem fazer nesta situação é desinformar’

O ex-presidente norte-americano Barack Obama deu alguns conselho a um grupo de prefeitos nesta quinta-feira (9) sobre como lidar com o surto do novo coronavírus (COVID-19) e disse que “o maior erro que qualquer um de nós pode fazer nesta situação é o de desinformar”.


Obama falou durante uma videoconferência realizada pela Bloomberg Philanthropies.


“Fale a verdade. Fale com clareza. Fale com compaixão. Fale com empatia pelo que as pessoas estão passando”, comentou Obama, segundo comunicado à imprensa sobre a reunião virtual.


Obama também pressionou os prefeitos a trazerem o maior número possível de consultores e especialistas qualificados.


“Quanto mais espertas forem as pessoas ao seu redor, e quanto menos constrangido você estiver para fazer perguntas, melhor será sua resposta”, afirmou Obama.


Essa é a quarta vez que o grupo da Bloomberg realizou conversas online com prefeitos. Duas das reuniões anteriores foram com os ex-presidentes George W. Bush e Bill Clinton.


Obama se posicionou repetidamente sobre o vírus, oferecendo uma mensagem mais cautelosa do que a do presidente Donald Trump. Ele também defende a proteção da saúde pública ao reiniciar a atividade econômica.


Na quarta-feira (8), Obama twittou que não seria viável relaxar as medidas atuais de segurança para combater a disseminação do novo coronavírus sem um “sistema robusto de testes e monitoramento – algo que ainda precisamos implementar em todo o país”.


Esses comentários, assim como os feitos aos prefeitos na quinta-feira (9), apresentaram um contraste notável em comparação às opiniões de Trump.


Na manhã desta quarta-feira (8), Donald Trump publicou no Twitter que a economia do país deve reabrir “mais cedo ou mais tarde” e que a pandemia “deve ser rapidamente esquecida” para aqueles que não perderam um ente querido. Porém, os testes para COVID-19 ainda não estão amplamente disponíveis, o que limita a capacidade de abrir mão de algumas das diretrizes atuais de distanciamento social, e assim impedir o ressurgimento do vírus.


No final do mês passado, Obama pediu aos norte-americanos que continuassem o distanciamento social, em um esforço para conter a disseminação da doença – outro contraste notável em relação ao tom de Trump, que sugeriu a abertura do país em duas semanas para impulsionar a economia. Desde então, Trump apoiou esses comentários e manteve as diretrizes de distanciamento social até o final do mês.


Obama também agradeceu aos trabalhadores da saúde pública, aplaudindo-os por “darem tudo” e estimulou os colegas norte-americanos a “traçarem nosso próprio comportamento baseado em altruísmo e sacrifícios, à medida que nos ajudamos mutuamente”.


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