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Mandetta é atacado por assessores “marginais” de Bolsonaro comandados por Olavo de Carvalho, diz Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou Jair Bolsonaro de abrigar em seu “gabinete do ódio” assessores “marginais”, que recebem orientações do guru Olavo de Carvalho para atacar o Congresso e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).


“Toda semana eles tentam criar uma nova narrativa para enfraquecer o parlamento, para enfraquecer o ministro Mandetta. O ministro Mandetta começa, agora, a ser alvo de ataques absurdos desse gabinete do ódio que é comandado do exterior por esse Olavo de Carvalho, eu já faço parte desse ataque de forma permanente, o presidente do Senado, o presidente do Supremo”, disse Maia, em entrevista na madrugada desta segunda-feira (6) ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.


Segundo Maia, Bolsonaro pulveriza fake news de um esquema patrocinado por empresários brasileiros para espalhar notícias falsas nas redes sociais.


““Acho que a sociedade nesse momento começa a entender que há muitas informações falsas, muitas mentiras, mas, mais do que isso, muita irresponsabilidade, que tem sido, infelizmente, muitas vezes comandada pelo próprio presidente da República”.


O presidente da Câmara disse ainda que Bolsonaro só atrapalha e defendeu a tese de que ele é tutelado na Presidência.


“Ele (Bolsonaro) acaba, sem dúvida nenhuma, atrapalhando. Claro que ele não escreve (o que defende), porque a assessoria dele não deixa, porque uma decisão de assinar um documento desses… Se o Brasil tiver problemas parecidos, e parece que teremos, com o de outros países, se ele (presidente) assinar alguma orientação formal que vá contra a orientação de seu próprio ministro e da OMS, certamente ele responderá pessoalmente a essa decisão de liberar o isolamento sem ter um embasamento legal para isso”, disse.


Maia ainda alfinetou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que estaria sendo lento para reagir à crise provocada pela pandemia.


“Em vez de ficar fugindo da sua responsabilidade, em vez de ficar criando conflitos e insegurança com a sociedade, o Palácio do Planalto poderia estar atuando e atuando para salvar vidas, empregos, salvar a renda dos mais vulneráveis. Mas, infelizmente, alguns no Palácio preferem, junto com o presidente, esse gabinete do ódio, continuar conflitando com Parlamento e Supremo do que dar soluções. Talvez porque não saibam onde encontrá-las”, afirmou.


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