Maioria dos mortos que chega aos cemitérios públicos ainda aguarda por um teste oficial da doença e, portanto, não aparece no levantamento do Ministério da Saúde
Os cemitérios públicos da cidade de São Paulo estão recebendo diariamente de 30 a 40 corpos de pessoas que morreram com suspeita de contaminação por coronavírus. Maioria dos mortos ainda aguarda por um teste oficial da doença e, portanto, não aparecem no levantamento do Ministério da Saúde.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, assim como o Serviço Funerário Municipal da capital, também não informam o número total de pessoas que foram enterradas com a suspeita da doença. Os dados são divulgados apenas quando há confirmação de contaminação pelo vírus.
Contudo, de acordo com a Folha de S.Paulo, nos principais cemitérios da capital paulista, como os de Vila Nova Cachoeirinha, Tremembé, São Luiz, Quarta Parada e Vila Formosa, os sepultamentos desse tipo se tornaram rotina.
Em cada um deles, foram realizados de quatro a seis enterros por dia na semana passada de pessoas com suspeita da doença. A cidade enterra em média 250 mortos por dia em seus 22 cemitérios municipais.
Os corpos que chegam aos cemitérios provenientes de hospitais públicos dependem de testes do Instituto Adolf Lutz para concluir o diagnóstico do vírus. Até o início dessa semana, o Instituto tinha uma fila de 14 mil testes aguardando resultado. Atualmente, a capacidade de processamento é de 400 testes por dia, mas o governo do estado disse que o número vai aumentar para 1.000.