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Após investigação, polícia diz que casal foi morto no AC porque homem confrontava facção que atuava em bairro

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Após quase três meses de investigações, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte do casal de namorados Tereza da Silva Santos, de 64 anos, e Cosmo Ribeiro Moura, de 43. Ao todo, seis suspeitos, com idades entre 18 e 25 anos, foram indiciados pelo crime.


Em entrevista exclusiva ao G1, o delegado responsável pelo caso, Martin Hessel, afirmou que a motivação do crime foi porque Moura confrontava a facção que atuava no bairro por não aceitar as determinações da organização criminosa.


A casa das vítimas foi invadida e os dois foram assassinados a tiros e golpes de facão na madrugada de 16 de janeiro. O duplo homicídio foi descoberto quando o vizinho viu o carro do casal em cima da calçada, foi olhar, encontrou as vítimas e acionou a polícia.


Tereza era sogra da ex-secretária da Fazenda do Acre, Semírames Plácido Dias. Na época do crime, o governo do Acre chegou a publicar uma nota lamentando a morte do casal e afirmou que os órgãos de segurança estariam empenhados para prender os suspeitos.


Inicialmente, a polícia suspeitou que o crime tinha ocorrido durante uma tentativa de assalto e que teria sido um latrocínio. Mas, essa hipótese foi descartada e ficou confirmado que o casal foi vítima de uma execução.


Os seis suspeitos foram indiciados pelo crime de duplo homicídio com as qualificadoras: motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e pelo crime de integração a organização criminosa.


“Pelo que foi apurado, o motivo do crime foi o fato do Cosmo confrontar esses criminosos em várias oportunidades anteriores, em situações de furto na casa dele, na casa da irmã dele. Ele não acatava as determinações da facção no local, até que culminou, infelizmente, com a morte dele e da mulher. Ela foi morta tendo em vista a tentativa de se defender e por ter conhecido alguns dos criminosos”, afirmou o delegado.


Entre os seis indiciados, segundo o delegado, um seria o mentor do crime, o outro teria autorizado e os outros quatro foram os executores. Cinco suspeitos estão presos e um segue foragido.


Um sétimo suspeito também estava na lista dos que seriam indiciados pelo crime, mas, ele foi morto durante uma tentativa de assalto a uma chácara no último dia 25 de março.


Adriano da Silva, de 19 anos, levou um tiro disparado pelo dono do local no Ramal da Pupunha, na região do Bairro Santa Maria, no Segundo Distrito de Rio Branco.


O inquérito foi encaminhado ao poder judiciário e de acordo com o delegado, deve ser remetido ao Ministério Público do Acre (MP-AC) para que faça as denúncias contra os suspeitos.


“A gente já estava com a identificação deles há bastante tempo, acontece que a gente precisava efetuar as prisões. E o motivo de não ter falado mais sobre o caso era justamente não atrapalhar as investigações. Prendemos já cinco e o outro estamos na busca dele ainda”, concluiu Hessel.


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