A prefeita Socorro Neri participou de uma teleconferência da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), realizada na terça-feira, 24, para discutir a grave crise causada pela pandemia de covid-19. Neri, mais uma vez, defendeu a união dos poderes, em especial Estados e Município, para minimizar os danos da crise que deve se estender ainda por alguns meses e agravar a situação financeira dos entes federativos, que já se encontram em dificuldade pela situação econômica desfavorável que já vinha acontecendo há algum tempo.
“Nós estamos enfrentando uma grande crise, como todos os Estados brasileiros. Estamos trabalhando em parceria com o governo estadual. Nesse momento, temos que deixar de lado todas as questões ideológicas para concentrar esforços nos interesses da nossa população”, destacou a prefeita da capital acreana.
A teleconferência reuniu o Conselho Político da CNM, composto pelos presidentes das 27 entidades estaduais de Municípios e pelo Movimento de Mulheres Municipalistas (MMM) – e a diretoria executiva da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
Socorro Neri lembrou que o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), o Imposto Sobre Serviços (ISS) e Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que são principais fontes de receita dos municípios, não se comportarão no nível de 2019.
“Essas receitas não se comportarão no nível de 2019 e já não estão se comportando nestes primeiros meses de 2020. Não tenho os dados dos outros Estados, mas, no Acre, já estamos observando uma considerável diferença”, revelou.
“A crise econômica que estamos enfrentando há pelo menos cinco anos, está sendo aprofundada agora e a níveis muito preocupantes”, alertou.
O presidente da CNM, Glademir Aroldi, solicitou que, pelos próximos meses, o Conselho Político se reúna a cada 15 dias de forma ordinária, e sempre que for necessário de forma extraordinária. Ele pediu ainda que os prefeitos dialoguem, virtualmente, com parlamentares, para reforçar as pautas prioritárias aos municípios.
“Fizemos um documento com 17 reivindicações e encaminhamos para os presidentes da República e ministros; Câmara e Senado; STF e TCU. Depois a gente incluiu mais cinco situações e hoje estamos enviando um ofício ao Mandetta [ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta], com uma pauta específica para a saúde, e também encaminharemos pontos da assistência social para o Onyx [ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni]”, explicou o presidente da CNM.