O Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) considera três situações para que os profissionais de Saúde possam avaliar se a pessoa deve mesmo fazer os testes para a doença nas unidades de referência, seja a UPA do Segundo Distrito ou o Pronto-Socorro de Rio Branco.
Na UPA do Segundo Distrito, essa triagem é feita, inicialmente pelos enfermeiros com base nas informações do paciente. Depois, a pessoa que será submetida ao teste é levada a um médico que voltará a avaliá-la para verificar se realmente ela precisa fazer o procedimento.
As três situações para o diagnóstico
1 – Caso suspeito de doença pela Covid-19
Situação 1
VIAJANTE: Pessoa que apresente febre. E pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de oxigênio abaixo de 95%, sinais de cianose [falta de oxigenação, quando lábios e unhas começam a ficar roxos], batimento de asa de nariz [é o alargamento da abertura das narinas durante a respiração], tiragem intercostal [movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração] e dispneia [dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta]. E com histórico de viagem para país com transmissão sustentada ou área com transmissão local nos últimos 14 dias;
Situação 2
CONTATO PRÓXIMO: Pessoa que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de oxigênio abaixo que 95%, sinais de cianose [falta de oxigenação, quando lábios e unhas começam a ficar roxos], batimento de asa de nariz [alargamento da abertura das narinas durante a respiração], tiragem intercostal [movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração] e dispneia [dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta]. E histórico de contato com caso suspeito ou confirmado para Covide-19, nos últimos 14 dias;
2 – Caso provável de doença pela Covid-19
Situação 3
CONTATO DOMICILIAR: Pessoa que manteve contato domiciliar com caso confirmado por Covid-19 nos últimos 14 dias. E que apresente febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de oxigênio menor que 95%, sinais de cianose [falta de oxigenação, quando lábios e unhas começam a ficar roxos], batimento de asa de nariz [alargamento da abertura das narinas durante a respiração], tiragem intercostal [movimento de retração da musculatura entre as costelas durante a inspiração] e dispneia [dificuldade de respirar caracterizada por respiração rápida e curta]. Outros sinais e sintomas inespecíficos como: fadiga, mialgia/artralgia [dor muscular e dor nas articulações], dor de cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidratação e inapetência.
Como é a rotina dos testes na UPA
Na tarde desta segunda-feira, de cerca de 50 pessoas que se deslocaram para a UPA para fazer os testes, apenas 1o realmente testaram para coronavírus, segundo a gerente-geral Dora Vitorino. As demais foram aconselhadas a retornar para casa porque não se enquadravam como casos suspeitos, segundo o critério médico com base nos protocolos da Sesacre e da Organização Mundial da Saúde.
“O que vem acontecendo com muita frequência é que as pessoas chegam com muito medo, algumas muito ansiosas e acreditando terem pego o vírus. Algumas mencionam que estão sentindo todos os sintomas da doença, mas logo percebem que não vão fazer os testes ao serem examinadas na segunda fase da triagem, com o nosso médico”, explica a gerente da UPA do Segundo Distrito.
Na manhã desta segunda, ao menos 35 kits de testes estavam disponíveis na UPA. Outros 30 chegaram na parte da tarde.