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Itália ainda não atingiu o pico do contágio do coronavírus, diz o chefe de Saúde Nacional do país

As infecções de coronavírus na Itálianão atingiram seu pico, disse Silvio Brusaferro, chefe do Instituto Superior de Saúde do país nesta sexta-feira (27).


Os números mais recentes da pandemia no país são 8.215 mortes e 80.589 infectados. O balanço da quinta-feira foi de 712 mortos nas 24 horas anteriores.


“Não atingimos o pico e não passamos dele”, disse Brussaferro.


Ele disso que há, no entanto, sinais de uma desaceleração no número de pessoas que estão ficando infectadas, o que sugere que o pico não está longe. Depois disso, os novos casos vão entrar em tendência visível de queda.


“O nosso comportamento vai influenciar em quão íngreme vai ser a queda, quando ela começar”, afirmou ele, em uma referência à aderência dos italianos às restrições ao movimento impostas pelo governo.


Prefeito de Milão


No dia 22 de março, durante uma entrevista à TV RAI, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, afirmou que errou ao divulgar, no fim de fevereiro, um vídeo que dizia que a cidade não pode parar.


“Muitos se referem àquele vídeo que circulava com o título ’Milão não Para’. Era 27 de fevereiro, o vídeo estava explodindo nas redes, e todos o divulgaram, inclusive eu. Certo ou errado? Provavelmente, errado”, ele afirmou à RAI no domingo (22).


Trabalhadores da saúde


Trabalhadores da saúde também estão entre as vítimas do novo coronavírus na Itália. Um levantamento do governo italiano mostrou que cerca de 9% dos infectados do país no início da semana eram médicos, enfermeiros ou técnicos. A Federação de Médicos contabilizou na quinta 37 médicos mortos pelo novo coronavírus.


Quarentena


A Itália vive, desde o dia 9 de março, um isolamento total que inclui a suspensão de aulas e de serviços não essenciais. Eventos foram cancelados, e até mesmo o transporte de mercadorias foi limitado.


Giuseppe Conte, o primeiro-ministro, afirmou na quarta-feira que a emergência do novo coronavírus é sem precedentes em todo o mundo. Ele pediu também que os países sejam rigorosos no combate ao coronavírus.


“Ninguém pode aceitar, muito menos a Itália que está fazendo grandes sacrifícios para combater o vírus, que outros países não percebam essa necessidade de máxima atenção preventiva”, disse o primeiro-ministro durante um pronunciamento na Câmara dos Deputados da Itália.


O premiê disse também que, se outros países não forem rigorosos com as medidas preventivas, a pandemia pode aumentar ainda mais o ritmo dos contágios.


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