O comandante da PM no Acre, coronel Ulisses Araújo, mentiu em nota pública à população quando negou que a PM tenha participação na transferência do preso Quenisson Lima, desde a FOC até o Batalhão Ambiental. O presidiário é policial penal e matou a esposa com tiro na cabeça, na última quarta feira.
A transferência não foi comunicada ao Poder Judiciário e a juíza Andreia Brito, titular da Vara de Execuções Penais, só soube do descumprimento de sua ordem por meio da imprensa, na noite desta sexta-feira.
O detento foi levado ao Batalhão, ao presídio Antonio Amaro e ao Hospital de Saúde Mental ( Hosmac), onde é mantido sob vigilância até o momento. Nenhuma outra ordem judicial foi dada para o caso e a direção da FOC ainda não apresentou justificativas para aceitar ingerências ( a PM não faz mais gestão dos Presídios) e contrariar a decisão da juíza.
Em diálogo com a reportagem do acjornal, o presidente do Sindicato dos Policiais Penais, Betho Calixto, confirma que a PM decidiu pela transferência considerando a instabilidade emocional de Quinisson (ouça aqui).
Na nota estapafúrdia emitida neste sábado, o comandante também ataca a imprensa, acusando o acjornal por Fake News.
O acjornal também consultou o secretário de Segurança Pública, Coronel Paulo Cezar. Solicito, o secretário admitiu ter sido sondado pelo diretor da FOC se havia vaga no Batalhão Ambiental. Paulo Cezar respondeu que somente o comandante da PM poderia ajudar com esta informação. O jornalista Assem Neto quis saber por quais motivos o preso foi transferido sem que o Poder Judiciário tenha sido comunicado. O secretário então informou que o diretor da FOC faria contanto com jornal ainda na noite de sexta (ouça clicando aqui), o que não aconteceu.
O programa Gazeta Alerta desta sexta feira também confirmou que a guarnição da Polícia Militar fez a solicitação para transferir o preso junto ao Iapen (assista aqui).
O comandante da PM, portanto, mente descaradamente ao afirmar o seguinte:
“Por iniciativa exclusiva do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e sem qualquer apoio, incentivo ou participação da PMAC, tal policial penal fora levado ao Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA/PMAC), unidade essa que também funciona como unidade prisional”
Nota da Redação do AcJornal
Este veículo informa que, diante das provas, irá acionar o comandante da PM judicialmente, a fim de buscar as devidas reparações diante das infundadas acusações de Fake News. As testemunhas necessárias serão arroladas na questão. No mais, espera- se honestidade da parte de autoridades investidas em cargo de extrema confiança, especialmente em situações que envolvem vidas e o cumprimento de normas legais.