Triste realidade: No Acre, foram registrados 47 mortes violentas no mês de janeiro de 2020.

Neste mês de janeiro, já contabilizaram 47 homicídios no estado do Acre e mais de 60 tentativas de homicídio. Os dados foram apurados entre o dia 1º a 31 de janeiro. No mesmo período em 2019, foram registradas 32 mortes violentas em todo o estado.



Ocorreram 39 homicídios em Rio Branco e 8 no interior do Acre. Foram contabilizados 42 mortes de homens e 5 de mulheres. Para ter uma ideia, somente nesses dois últimos dias foram 8 mortes violentas somente na capital. É perceptível que estamos longe da paz desejada pela sociedade e prometida pelos gestores da segurança pública.


 


Em comparação ao mesmo período no ano passado, houve um aumento de 46,88% de número de casos de mortes violentas no Acre.



A capital do estado do Amazonas, Manaus,possui uma população de mais de 2 milhões de habitantes, superior a todo o estado do Acre com pouco mais de 800 mil , mas se comparar em termo de violência, o mês de janeiro em Manaus foram registrados 101 mortes violentas, que a exemplo do Acre vivência uma crescente onda de violência provocada por guerras entre facções criminosas em disputa por território do tráfico de drogas. Em resumo se comparamos os dois estados e as duas capitais, a violência no Acre é assustadoramente superior.



No meio da última semana de janeiro, os representantes da segurança pública asseguraram em discurso que a atuação dos setores de segurança são implacáveis com os criminosos, e que a questão de sensação de insegurança é causada pela mídia, e em outro trecho do discurso o comandante da Polícia Militar, coronel Ulysses Araújo, disse que quem “está criticando a segurança está do lado do crime e das facções”.


Como não citou nomes e diante da onda desenfreada da violência, podendo insinuar que a população então estaria do lado do crime de seus algozes, e a imprensa por divulgar os fatos, como, por exemplo, que no único dia que sete pessoas foram mortas de forma violenta só em Rio Branco.


A imprensa não faz mídia para facções criminosas, apenas divulga os fatos incontestáveis, haja vista que, os corpos foram resgatados e passaram a ser estatística negativa do governo estadual. A imprensa não está inventando nenhum filme macabro e nenhuma história de terror, o que acontece é mostrado.


A história é real e factual, o que está faltando é a parte da segurança pública, é afinar todos os setores de segurança, é diminuir os egos e encarar a realidade, já que existe uma preocupação com as manchetes, que mude os planejamentos, que invista na inteligência, que se antecipe as ações criminosas.


Não é necessário “bola de cristal”, é necessário usar os recursos já existentes, aumentar efetivos, contratar concursados e por fim agir e diminuir os discurso e efetivar combate ao crime organizado.


47 mortes violentas em 31 dias


O primeiro homicídio foi registrado no Bairro Santa Inês, na capital. Amanda Silva Barbosa, de 17 anos, foi morta a tiros e facadas, na Travessa da Amizade, localizada na Rua da Sanacre.



Em seguida, ocorreu a chacina da estrada Transacreana, na noite do sábado (18), que foi um dos maiores ataques realizados por uma facção criminosa em Rio Branco até o momento, deixando seis mortos e um ferido.



Ao todo, em apenas 3 horas daquele mesmo dia, uma facção conseguiu matar sete pessoas. A outra vítima foi um jovem de 22 anos, morto no Ramal Bom Jesus, na região da Vila Acre, uma hora antes da chacina no bar, mas foi efetuado por dois criminosos que, após assassinarem Mateus Vieira Cardoso, gritaram o nome de uma facção.


No dia 30, penúltimo dia do mês, a sociedade voltou a se assustar com as mortes macabras. Três pessoas foram mortas. Um no Bairro Mocinha Magalhães, outro no Ramal do Ipê, na região do Calafate e mais um no Ramal da Zezé, na região do Bairro Belo Jardim 2.



Além deles, os jovens Amós da Silva e Janilton Fonseca foram sequestrados, torturados e assassinados a tiros por membros de uma facção criminosa, na noite de quinta-feira (30), na Comunidade Baixa Verde, na Estrada de Boca do Acre, zona rural de Rio Branco.



No dia 31, o último dia do mês de janeiro de 2020, foi registrada mais uma morte violenta, que ocorreu no centro de Rio Branco onde estão instaladas as sedes do governo do Acre (Palácio Rio Branco), Secretaria de Segurança, localizada no Palácio das Secretárias, e Quartel Geral da Polícia Militar. Naquela região, um morador de rua foi morto após ser atingindo com facada no peito. Apesar de o crime ter acontecido no centro de todo o sistema de segurança, ninguém viu, nem câmeras de segurança registraram a ação e o criminoso não foi preso.



Ainda durante o dia 31, os corpos de Werverton Roberto dos Santos e Fabiano Teixeira da Silva foram encontrados em um beco na Travessa São Bento, no Bairro Santa Inês, em Rio Branco.


Assim finalizou os 31 dias do mês de Janeiro, que se pode dizer, que foi uma verdadeira “carneficina”, com derramamento de sangue de criminosos e inocentes.



A manchete teria que ser outra, mas não são os operadores de mídia (jornalistas), gestores da segurança pública, e sim interlocutores entre a sociedade e os governantes, narramos apenas os fatos, e neste caso mais factual impossível.


A sociedade aguarda ansiosa outras notícias para sentir a equação do crime entrar na operação de diminuição, e por fim ter o sentimento e sensação de segurança na operação crescente e até de multiplicação.


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