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Programa Acre pela Vida busca diminuir população carcerária no estado

Apesar do Brasil ter conseguido diminuir a superlotação e o percentual de presos sem julgamento nas cadeias, o país continua sendo um dos que mais prendem no mundo. De acordo com pesquisas pelo Núcleo de Estudos da Violência da USP e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país tem 338 pessoas presas para cada 100 mil habitantes.


Considerando o número de presos de 710.240 dentro do sistema e o de habitantes de 210,1 milhões, o Brasil fica na 26ª posição em um ranking de aprisionamento com outros 222 países e territórios.


O secretário Paulo Cézar Santos explicou alguns fatores que contribuíram para o aumento da população carcerária Foto: Ascom Sejusp

Já dos estados brasileiros, o Acre lidera o ranking com 927 presos para cada 100 mil habitantes. O secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Santos, explica que essa alta taxa de encarceramento está ligada a uma série de fatores como, por exemplo, o fato do estado fazer fronteira com os países que são os maiores produtores de cocaína e atrair interesse por parte do crime organizado para a região como um todo.


“Indicadores sociais como a taxa de abandono escolar ainda no ensino fundamental, principalmente dos internos não só do sistema penitenciário bem como do sistema socioeducativo, além da taxa de desemprego e falta de oportunidade para essas pessoas que acabam sendo atraídas ainda muito jovens à criminalidade”, destacou.


O secretário explicou ainda que, de 2015 até os dias atuais, com o aumento da violência e a movimentação dos fugitivos da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, a incidência de crimes violentos no estado foi potencializada e, consequentemente, houve um aumento proporcional da população carcerária, deixando o Acre quase 200% acima da média nacional.


Apesar da eficácia do sistema na repressão dos crimes cometidos, é importante afirmar que foi lançado um programa de segurança pública, o Acre pela Vida, que trabalha a prevenção agregando políticas públicas transversais, ou seja, não se limita apenas ao sistema de segurança pública, mas também alcança o sistema de prevenção social, com a sociedade civil organizada.


O Acre pela Vida trabalha a prevenção agregando políticas públicas transversais Foto: Diego Gurgel/Secom

”O programa tem um viés quase que integral, preventivo e atua em dois níveis de prevenção: o primário, que se dá ao alcance familiar, principalmente através da assistência social e da educação; e o terciário que é destinado à ressocialização de egressos do sistema penitenciário e socioeducativo”, explicou Paulo Cézar.


Um piloto do programa já foi estabelecido em uma região do estado que tem um elevado número de pessoas integrando os sistemas prisionais, onde várias ações serão estabelecidas em parceria com o sistema S, entidades religiosas, setores produtivos e de serviços, principalmente comerciais, bem como as secretarias que ofertam serviços à sociedade, permitindo avançar no sentido de atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.


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