Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) teve de resolver rapidamente a pendência de sete meses de atraso no pagamento à empresa que fornece a alimentação dentro do maior complexo penitenciário do estado, o presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC). A ameaça de suspensão no fornecimento da comida aos detentos foi repassada pelo promotor de Justiça Tales Tranin, titular da 4ª Promotoria Criminal de Rio Branco para a direção do Iapen nesta sexta-feira (21).
A entrevista ao programa local Gazeta Alerta, na Record, o presidente do Iapen, Lucas Gomes, garantiu que, apesar da ameaça, o fornecimento da alimentação aos presos seguirá normalmente. “Já vínhamos numa negociação com a empresa e a mesma concorda em regularizar os serviços”, informou. É que o dono da empresa teria alegado que suspenderia o fornecimento a partir deste sábado, 22, caso não houvesse nenhuma posição do estado.
A empresa procurou a promotoria do Ministério Público do Estado para relatar a situação. No total, são sete meses de atrasos referentes aos meses de novembro e dezembro de 2018 e desde setembro de 2019 até agora. O presidente do Iapen disse que o estado já depositou nesta sexta-feira quantia de pouco mais de três meses à empresa. No entanto, o promotor rebate dizendo que foi depositado apenas um valor referente a um mês e meio.
Por esse motivo, a empresa afirma que se não houver mais pagamento até a próxima quinta-feira, dia 27, haverá, sim, suspensão no fornecimento de alimentação. A empresa enviou um ofício para a direção do órgão, alegando sobre os atrasos no pagamento.
O FOC possui a maior população carcerária do estado e uma das maiores do país, com cerca de 3.500 detentos. Gomes ressaltou que os gatos com alimentação no presídio são altos e o estado vem, com dificuldade, mantendo os pagamentos para garantir a alimentação.