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DESERTO DO MEDO: Moradores de Rio Branco deixam as ruas mais cedo e se “trancam” em casa

O município de Rio Branco se tornou a “cidade do medo”. A reportagem do Ecos da Notícia percorreu, na noite desta segunda-feira (20), várias ruas e bairros da capital acreana e registrou ruas vazias, reflexo do medo que tomou conta dos moradores, depois de um fim de semana de chacina e início com registro de fuga em massa de detentos do Presídio Estadual, além de uma espécie de “terrorismo” nas redes sociais com milhares de fakes anunciando “guerra” e confrontos.


Apesar dos esforços das autoridades de segurança divulgar notas oficiais garantindo a segurança, aparentemente ninguém quis apostar nessa possibilidade e todos optaram por tentar garantir sua própria segurança e de familiares.


 


A onda de violência que é vivenciada pela população tem assustado todas as classes sociais, desde a periferia aos residenciais fechados.


Pequenos, médios e grandes empresários também buscaram fechar mais cedo seus comércios e liberar os funcionários, alguns ainda com a luz do final de tarde.


De igual modo, ou estratégia velada, viaturas da Polícia Militar também não foram vistas circulando nas ruas, ou em pontos estratégicos de saídas e entradas de bairros, em que estatísticamente possuem uma potencial possibilidade de confronto entre facções criminosas.


A situação se tornou algo insustentável que nem a própria polícia ou o secretário de Segurança em exercício, Ricardo Brandão, em uma coletiva na manhã desta segunda-feira (20), conseguiu transmitir a sensação de paz e segurança.


Uma parte da sociedade já fala em intervenção federal, e outra acredita que a violência vai ser controlada pelo força de segurança do estado. Enquanto se vive nesse dilema, os moradores vão mudando seus hábitos e costumes, tentando se proteger a todo custo de uma possível violência.


Os mais críticos ainda reclamam da ausência do governador, vice-governador, do secretário de Segurança e até do comandante geral da PM, que não estão no Acre e não podem fazer frente ao enfrentamento do crime, justamente quando aconteceu uma das maiores atrocidades, que foi a chacina da Transacreana, fuga no presídio da capital e mais uma tentativa de fuga na Pousada do Menor (Unidade Aquiry).


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