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Banqueiro investigado no ‘Luanda Leaks’ é encontrado morto em Portugal

O banqueiro português Nuno Ribeiro da Cunha foi encontrado morto pela polícia em Lisboa, que acredita ter sido um caso de suicídio.


Cunha trabalhava para o banco Eurobic, e foi citado no caso que ficou conhecido como Luanda Leaks. Seu corpo foi achado na garagem de sua casa na quarta (22) à noite.


No domingo (19), o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos) e veículos de vários países divulgaram uma série de denúncias contra Isabel dos Santos, filha de um ex-presidente de Angola que teria se tornado a mulher mais rica da África após criar esquemas internacionais para desviar dinheiro da petroleira estatal angolana Sonangol, da qual foi presidente.


Procuradores de Angola anunciaram que Isabel está sendo investigada por fraude, má gestão e apropriação de recursos da Sonangol. Seus bens já haviam sido bloqueados pela Justiça de Angola em dezembro.


Caso ela não colabore com o processo, poderá ser alvo de um mandado de prisão internacional, segundo as autoridades angolesas.


O banqueiro foi apontado como um dos investigados no caso, segundo o jornal Expresso. Cunha era o gerente das contas usadas pela Sonangol.


Na segunda (20), outro suspeito, Mario Leite da Silva, renunciou ao comando do Banco de Fomento de Angola.


Nesta quinta (23), o organismo que regula o mercado financeiro em Portugal anunciou inquéritos contra empresas relacionadas aos esquemas, como a petroleira Galp e a telefônica NOS, a partir dos documentos relevados pela imprensa.


O CASO LUANDA LEAKS


Isabel dos Santos, 46, aparece na 13ª posição na lista da revista Forbes dos maiores bilionários da África de 2020. A filha mais velha de José Eduardo dos Santos, que presidiu Angola durante 39 anos, acumula uma fortuna estimada em 2,2 bilhões de dólares (R$ 9,16 bilhões).


Reportagens publicadas por veículos como New York Times, Guardian, BBC e revista Piauí apontam que grande parte desse patrimônio foi obtido às custas dos cofres públicos angolanos.


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