Fachadas de casas de estilo colonial no bairro de Teusaquillo, em Bogotá, capital colombiana, escondem lugares obscuros onde várias mulheres fazem abortos inseguros sob procedimentos que não seguem os protocolos médicos, colocando suas vidas em risco.
Segundo o estudo “Prevenção do aborto inseguro na Colômbia”, do Ministério da Saúde, cerca de 47 mil mulheres morrem anualmente em abortos clandestinos, dos quais 1.120 casos correspondem à América Latina e Caribe e 70 a Colômbia.
O núcleo do aborto em Bogotá é Teusaquillo, um dos bairros tradicionais da capital, onde locais clandestinos para esses procedimentos proliferam entre duas clínicas jurídicas.
Dificuldade de acesso ao aborto legal
Mulheres como Mariana, 21, são abordadas por “porta-cartões”, pessoas que distribuem cartões na rua que oferecem exames de ultrassom ou de gravidez que na verdade são um convite para comprar medicamentos para aborto ou aborto em lugares clandestinos.