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Greve geral, protestos em massa e forte queda do peso sacodem o Chile

Barricadas, manifestações gigantescas, incêndios, saques e violentos confrontos em Santiago e em várias cidades marcaram a greve geral realizada nesta terça-feira (12) no Chile, que contou com a participação de uma centena de organizações sociais para pressionar o governo de Sebastián Piñera a aprofundar as prometidas reformas sociais.


No fim do dia, o peso despencou 3,1% e alcançou seu mínimo histórico, de 783,82 um dólar, enquanto a Bolsa de Santiago caiu 1,57% em meio a temores sobre os efeitos na economia da extensão da crise social.



Enquanto em vários pontos do Chile prosseguiam os protestos e os saques, Piñera anunciou no Palácio Presidencial que permitirá a reintegração de policiais na reserva, para apoiar as operações de manutenção da ordem pública.


Mas Piñera evitou reeditar o estado de emergência, para recolocar os militares nas ruas, e reafirmou sua proposta para uma nova Constituição, mas sem a convocação de uma Assembleia Constituinte, como exige a oposição e organizações sociais.


P U B L I C I D A D E



“A grave situação que vive nosso país há quatro semanas exige, e com urgência, se deixar de lado todas as pequenices, e agir com a grandeza e o patriotismo que as circunstâncias nos exigem”, declarou o presidente.


Na primeira hora, barricadas incendiárias impediam a passagem de veículos em alguns acessos a Santiago e uma grande marcha atraiu 80 mil pessoas – segundo cálculos oficiais – para a Avenida Alameda (centro).


Durante a tarde, novos confrontos começaram nos arredores da Praça Itália, epicentro dos protestos que mantêm o país em vigília há mais de três semanas, e no centro de Santiago.


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