Ícone do site Ecos da Noticia

Coqueluche, que acometeu lutador de MMA, é contagiosa.

Os casos de coqueluche em adultos, como aconteceu com o lutador de MMA Ronaldo Jacaré, 39, têm sido mais frequentes, de acordo com o pneumologista Elie Fiss, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ele afirma que o aumento da incidência nessa faixa etária ocorre pela falta do hábito de se vacinar.


A coqueluche é uma infecção contagiosa causada por bactéria e transmitida pelo contato ou gotículas de saliva da pessoa infectada. O período de incubação, ou seja, o tempo que os sintomas começam a aparecer desde o momento da infecção, é de, em média, 5 a 10 dias, segundo o Ministério da Saúde.


P U B L I C I D A D E



Em adultos, quadros mais graves da coqueluche podem provocar insuficiência respiratória aguda, que leva o paciente à UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Já em bebês pode levar à morte.


A única forma de prevenir a doença é por meio da vacina. Para crianças, existe a tríplice clássica (DTP), que protege contra difteria, coqueluche e tétano. Deve ser aplicada aos dois, quatro e seis meses de idade, com reforço aos 15 meses e aos quatro anos.


A imunização dura cerca de dez anos, segundo o Ministério da Saúde. Adultos podem se prevenir com a vacina acelular (dTpa). Ela protege contra as mesmas doenças e foi  incluída no Calendário Nacional de Vacinação pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em novembro de 2014.


A pasta também preconiza a vacina para grávidas a partir da 20ª semana de gestação com o objetivo de fornecer proteção ao bebê ao nascer.


A partir de 2011, houve um aumento da coqueluche no Brasil, com 22.772 casos confirmados até 2014  – sendo 8.614 apenas neste ano -, o que representou um crescimento de 283% no período, segundo dados do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).


Em 2015, a ocorrência começou a diminuir. No ano passado foram 2.160 casos confirmados.


Jacaré revelou que pegou coqueluche dias antes da luta no UFC São Paulo, no último sábado (16), no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, mas acredita que a doença não o atrapalhou. “Fiz tratamento como se fosse para alergia, mas o meu médico pediu um exame para detectar a doença”, afirmou, segundo a revista Tatame. Ele perdeu a luta, mas contestou o resultado.


Segundo Fiss, existe uma lentidão para diagnosticar casos de coqueluche nos mais velhos por dois motivos: os sintomas são comuns e a doença é mais frequente em crianças. “O médico não espera que essa infecção acometa adultos”, observa.


“As pessoas vão para serviço de emergência, recebem o antibiótico geral para tratar infecções e o problema se resolve antes do diagnóstico”, completa.


Sair da versão mobile