Tenente Farias do BOPE ganha liberdade após quase 10 meses de prisão

o tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Josemar Farias foi solto na noite desta sexta-feira (26), por volta das 22 horas, em Rio Branco, após quase 10 meses preso. A informação foi confirmada pelo advogado do PM, Mário Rosas, neste sábado (26).


Farias foi preso no dia 27 de dezembro do ano passado na Operação Sicário, suspeito de manter contato com membros de facções criminosas. O tenente estava preso no Batalhão Ambiental, em Rio Branco.


Farias participou da primeira audiência de instrução e julgamentono último dia 30 de setembro, na 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, onde pelo menos 33 pessoas também participaram da audiência, entre testemunhas de defesa, acusação e 13 dos 18 réus presos na Operação Sicário.


De acordo com o advogado, o entendimento da justiça foi que os requisitos da prisão preventiva não estão mais presentes. Rosas disse que já se passaram quase 10 meses da prisão preventiva e os juízes entenderam que deveriam suspender a prisão.


“Gostaria de destacar que, a partir de agora, se inicia um novo momento


. A liberdade do tenente representa um ato de correção a uma grande injustiça que estava ocorrendo. A verdade está vindo à tona e a inocência ficará devidamente provada, assim como foi exaustivamente esclarecido na audiência de instrução”, disse.


De acordo com a decisão da Justiça, Farias tem que seguir algumas mediadas cautelares: fica proibido de se ausentar da comarca por mais de oito dias sem autorização da justiça; não pode se comunicar com as testemunhas e também fica proibido de exercer atividade policial de forma ostensiva. Cabe ao batalhão a que pertence designar atividades internas a Farias.


O militar é denunciado pelos crimes de peculato, prevaricação, organização criminosa e corrupção passiva.


Operação Sicário

A Operação Sicário, deflagrada no dia 27 de dezembro, prendeu 18 pessoas, sendo 12 em Rio Branco e seis nas cidades de Acrelândia, Plácido de Castro e Cruzeiro do Sul. Durante a ação, a Polícia Civil também apreendeu livros de contabilidade que eram usados por uma organização criminosa, além de armas e drogas.


Ao todo, a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão contra membros de facções criminosas. O foco da operação é o combate de facções criminosas para coibir crimes praticados pelo grupo como o tráfico de drogas, execuções e até crimes contra a própria http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração pública como corrupção.


As investigações levaram cerca de sete meses e contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC).


De acordo com a decisão da Justiça, Farias tem que seguir algumas mediadas cautelares: fica proibido de se ausentar da comarca por mais de oito dias sem autorização da justiça; não pode se comunicar com as testemunhas e também fica proibido de exercer atividade policial de forma ostensiva. Cabe ao batalhão a que pertence designar atividades internas a Farias.


O militar é denunciado pelos crimes de peculato, prevaricação, organização criminosa e corrupção passiva.


Denúncia

G1 teve acesso ao relatório do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Nele, o MP-AC denunciou 23 pessoas integrantes de uma facção criminosa que atua no estado.


Farias foi denunciado por promoção de organização criminosa, inclusive, prendendo membros de facções rivais, defesa de territórios sob a influência da facção, por proteger facção da atuação policial, fornecer armas e munição ao grupo criminoso, corrupção passiva e prevaricação.


Sobre as acusações, a defesa afirmou que os diálogos entre o tenente e membros de organizações criminosas não passam de conversas entre um policial e informantes. A defesa alega que Farias está à disposição da justiça, assim como os sigilos bancários, telefônicos e fiscais. Por Alcinete Gadelha, do G 1 Acre.


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