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RBTrans fiscaliza táxis que fazem viagens compartilhadas em Rio Branco

Superintendência iniciou, nesta terça-feira (8), operação de combate ao transporte irregular na capital. Além de taxistas, mototaxistas sem taxímetro e pirangueiros estão sendo multados.


A Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) iniciou, nesta terça-feira (8), uma operação de fiscalização dos transportes clandestinos de passageiros na capital acreana, Rio Branco. As ações para identificar mais serviços irregulares devem continuar nos próximos dias.


Conforme o superintendente do órgão, Nélio Anastácio, estão sendo multados os taxistas que estão fazendo corridas compartilhadas, além de mototaxistas sem taxímetro e pirangueiros. Os taxistas flagrados fazendo corrida compartilhada devem ser multado em cerca de R$ 290.


“Estamos com essa operação contra toda modalidade de transporte irregular. Entre essas modalidades temos o táxi compartilhado, os mototaxistas que não aderiram ao taxímetro, mesmo a lei obrigando, e o transporte irregular tipo pirangueiro, que ainda atua na cidade. Hoje nós estamos no corredor da Sobral e na Vila Acre”, informou o superintendente.


O presidente do Sindicato dos Taxistas, Esperidião Teixeira, afirmou que atualmente, cerca de 80 taxistas estão trabalhando na modalidade de corrida compartilhada. Segundo ele, os trabalhadores vão continuar com o serviço, mesmo com a fiscalização.


“Comunicamos à prefeitura desde o dia que decidimos, em assembleia geral, iniciar esse tipo de transporte. Considerando que a cidade não tem mais controle do transporte clandestino, já que temos 6 mil carros trabalhando sem nenhum tipo de controle, que são os de aplicativos, a categoria, para tentar sobreviver, aderiu essa modalidade e solicita a regulamentação dessa atividade que tem previsão legal”, disse o sindicalista.


Regulamentação

Anastácio afirmou que a lei municipal que regulamenta o transporte de táxi em Rio Branco prevê a modalidade de táxi lotação. Mas, o que os taxistas estão praticando, segundo ele, não se enquadra na modalidade.


“O táxi compartilhado está, inclusive, cooptando passageiros nos pontos de ônibus. Essa é uma ação predatória ao sistema de transporte público, porque esse tipo de transporte alternativo não leva a gratuidade, a meia passagem, o estudante. Vai ficar o que para o transporte coletivo? Se nós não protegermos o transporte de massa, o transporte individual não vai dar conta de transportar a cidade no dia a dia. É preciso que haja um controle na prática desse serviço”, afirmou Anastácio.


O presidente do sindicato afirmou que a categoria está elaborando uma proposta para regulamentação da atividade em Rio Branco. Segundo ele, o grupo que faz corridas compartilhadas deve aumentar para 150 taxistas até o final do ano.


“A gente acredita que nos próximos dias a gente consiga concluir essa fase de apresentação do projeto e passa para a fase de regulamentação. Com essa atividade, tivemos uma melhora financeira de cerca de 150%. Ou seja, o táxi compartilhado não tem crise. O valor cobrado por passageiro é de R$ 5 para a viagem compartilhada”, falou Teixeira.


O superintende confirmou que a prefeitura está aberta ao diálogo com a categoria, mas afirma que o sindicato ainda não apresentou uma proposta plausível para ser analisada.


“Nós já sentamos mais de uma vez com eles, disseram que iam apresentar uma proposta. Nessa segunda [7] levaram uma proposta vazia e ficaram de trazer uma proposta de verdade, estabelecendo pontos onde o transporte público não atende, para que eles pudessem fazer essa alternativa de atendimento. Estamos aguardando, mas não estamos dizendo que vamos regulamentar ou regularizar”, destacou o superintende.


Motoristas de ônibus fizeram ato contra as corridas compartilhadas feitas por taxistas  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Motoristas de ônibus fizeram ato contra as corridas compartilhadas feitas por taxistas — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre


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