Uma tarde de muita alegria marcou a celebração dos 11 anos do Centro Cultural Neném Sombra na sexta-feira, 26. O evento foi realizado pela Prefeitura de Rio Branco, por meio da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), e contou com a presença da família de dona Neném Sombra, primeira residente da casa, e da comunidade do entorno.
Entre a programação, estiveram demonstrações das atividades promovidas no espaço, tais como Jiu Jitsu, Capoeira, Dança, Senadinho e Bloco Carnavalesco Vila do Fuxico.
“Eu ministro aulas de capoeira aqui há 10 anos e esse espaço hoje é considerado como mais que um Centro Cultural, é uma casa para mim e para meu grupo. Por aqui já passaram muitas crianças, jovens e adultos, e posso dizer que fazemos parte dessa história, formando cidadãos, nesse local tão importante para o Segundo Distrito”, destacou o professor Chiclete, do grupo Senzala Rio Branco.
O presidente da FGB, Sérgio de Carvalho, ressaltou sobre a política de ocupação Cultural não só do Neném Sombra, mas dos demais Centros Culturais da Cidade: “A Prefeita Socorro Neri tem um olhar muito atento à Cultura da nossa cidade, pois sabe como ela pode ser transformadora. Por isso, cada vez mais estamos trabalhando para que as políticas de ocupação Cultural nesses espaços sejam uma realidade, e para isso, contamos com a ajuda de diversos professores voluntários, a quem somos muitos gratos, pois eles estão na ponta dessa iniciativa tão importante. Nesses 11 anos de Neném Sombra, reforçamos nosso compromisso em manter locais como esse ativos e abertos a receberem a comunidade”.
Educação patrimonial
A celebração de aniversário do Neném Sombra ainda contou com uma programação prévia na quinta-feira, 24, com um evento de educação patrimonial promovido pelo Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural da FGB.
Na ocasião, os alunos da escola estadual Terezinha Miguéis foram até o Centro Cultural para uma manhã de conhecimentos e brincadeiras: primeiro, uma tour pelo espaço para conhecer mais sobre a história da família de dona Neném Sombra, e como foi o processo de transformação em um centro de Cultura.
Depois, brincadeiras com dois quebra-cabeças – um com a foto de antes e outro com uma atual do Neném Sombra –, que resultou em uma conversa sobre as mudanças estruturais da casa. Por fim, uma conversa com a professora Guajarina Margarido, filha de dona Neném Sombra, que tirou várias dúvidas das crianças sobre sua vida e como foi viver naquele espaço.
“Nossa ideia foi trabalhar o processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização da herança cultural. Pensando no que está acontecendo a nível nacional, com desmonte e desvalorização do patrimônio cultural, nós decidimos levar essa iniciativa, cumprindo as metas estabelecidas do Plano Municipal de Cultura e no Plano Plurianual do Município”, apontou a diretora do Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural da FGB, Diana Dantas.
Sobre o espaço
Localizado na Rua 16 de Outubro, no Bairro Quinze, o centro foi lar, em 1939, de Dona Elvira Sombra Pereira Lima, mulher prendada, cozinheira, doceira, costureira, bordadeira, artesã, educadora e atuante das atividades socioculturais que envolviam a comunidade.
Ao longo do tempo, a casa – símbolo de uma identidade arquitetônica simples, já conhecida na capital – se tornou um local integrador de saberes e prazeres representados no gosto e no jeito de receber as visitas.
Como forma de homenagear a mulher forte e guerreira que era Dona Elvira, a residência foi transformada, em 2008, pelo então prefeito Angelim, no Centro Cultural Neném Sombra. A iniciativa foi uma proposta dos conselheiros da Regional Administrativa I e Rio Branco, por intermédio do Programa de Gestão Participativa (PGP).