Adolescente de 17 anos teria ameaçado agredir servidores do Pronto-Socorro de Rio Branco após morte da avó. Caso foi registrado na Delegacia de Proteção à Mulher (Deam).
Confusão entre parentes e servidores do Pronto-Socorro acaba em delegacia de Rio Branco
Um adolescente de 17 anos acabou apreendido após a morte da avó e mãe de criação, Elsa Ferreira Lopes, de 90 anos. A idosa morreu no Pronto-Socorro de Rio Branco, nesta terça-feira (3), e o menor se descontrolou e teria agredido uma médica da unidade de saúde.
Um vídeo gravado no momento da confusão mostra os seguranças e policiais militares tentando conter o menor com uma gravata. A confusão servidores e pacientes da unidade de saúde.
O caso foi registrado na Delegacia de Proteção à Mulher (Deam), em Rio Branco. O diretor-geral da unidade, Areski Peniche, explicou à Rádio CBN que o adolescente ficou descontrolado e ameaçou agredir os servidores, entre eles a médica.
“Foi contido, a segurança estava aqui, a polícia. Ele fez ameaças contra a médica que estava atendendo a familiar dele. Era uma paciente muito grave, estava há dias no hospital. Foi uma confusão por conta das fortes emoções e se descontrolaram”,
Família nega agressão: ‘entrou em surto’
Ao G1, o agricultor e filho da idosa, Feliciano Silva de Freitas, negou que o sobrinho tenha agredido os servidores. Segundo ele, o parente entrou em surto quando viu a avó e mãe de criação morta no hospital.
“Hoje [terça,3] ligaram para nós com ela em óbito. Não disseram nada, fui correndo, meu sobrinho surtou lá. Quando fui pegar o corpo para levar para o necrotério só ouvi foi a confusão, deixei minha mãe no necrotério e fui socorrer meu sobrinho que os seguranças estavam enforcado. Jogaram ele no chão”, conta o agricultor.
Ele diz que estava levando o adolescente para casa, mas foi alcançado pelos policiais. ‘Tirei ele, e a médica mandou os policiais correrem atrás de nós. Eu ia levar ele para casa, encontraram a gente fora do hospital”, afirmou.
Internação
Freitas explicou que a mãe deu entrada na unidade há três semanas, com uma forte gripe. O quadro evoluiu para um pneumonia. A família mora no km 5 da Estrada de Porto Acre, no Ramal José Rui Lino.
“Quando chegamos no domingo não tinha um médico, enfermeiro e ninguém pra fazer o atendimento. Colocaram ela na emergência. No outro dia, fui visitar ela e falou que estava com sede, pedi ao doutor para dar água para ela. Ele falou: ‘você tá doido, vai fazer ela se engasgar’. Falei pra molhar a boca dela com o algodão com água”, alegou.
Para Freitas, a mãe morreu por negligência médica. Ele revelou também que não foi liberado nenhum parente para ficar com a idosa enquanto estava internada.
“Morreu de sede, falta de água. Ela falou pra mim duas vezes que queria água. Não sabe a causa da morte. O corpo dela está amarrado, com escoriações pelo corpo, foi maltratada lá. Não deixaram ficar com acompanhante. Foi negligência médica, ela pediu água e não davam”, lamentou.
A direção da unidade contou que a paciente estava em estado grave. Um procedimento http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo foi aberto para investigar o caso.
Com informações do G1 Acre.