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Garçom preso em operação de combate a venda ilegal de anabolizantes ganha liberdade condicional

Wendel Rodrigues responderá processo em liberdade, mas terá que usar tornozeleira eletrônica.


A quase dois meses preso, a Justiça do Acre mandou soltar o garçom Wendhel Rodrigues, investigado em uma operação de combate à venda ilegal de anabolizantes. O garçom precisa cumprir algumas medidas cautelares e vai usar tornozeleira eletrônica.


Rodrigues foi preso no dia 9 de julho em frente a uma agência dos Correios, em Rio Branco, quando buscava uma caixa de anabolizantes.


Além do garçom, a Polícia Civil do Acre também prendeu o médico Giovanni Casseb, que seria sócio de Rodrigues e, segundo as investigações, receitava anabolizantes para os pacientes. Casseb ficou seis dias preso.


A Justiça concedeu a soltura do garçom durante sessão extraordinária desta segunda, na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC). Ao G1, o advogado dele, Armyson Lee, disse que entrou com um habeas corpus para soltar o cliente.


“Foi uma vitória e um julgamento justo porque até hoje não chegou a denúncia. Não existe um laudo preliminar feito pela Agência Nacional de Vigilância [Anvisa], que é importante, que diz se realmente aqueles produtos são realmente ilegais”, complementou.


Rodrigues não pode sair à noite quando estiver de folga do trabalho, precisa comparecer em juízo, não pode se aproximar do médico Giovanni Casseb e fica sob monitoração eletrônica.


Transferência

O garçom estava preso na Unidade Prisional UP-4, a Papudinha, em Rio Branco, mas foi transferido para o presídio de Senador Guiomard, no interior, após agentes penitenciários encontrarem um aparelho celular na cela dele.


Na época, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iape-AC) informou que foi feita uma revista na cela de Rodrigues no dia 19 e achado o aparelho celular. Após isso, foi feito um relatório e informado à Justiça.


Inquérito

Detalhes do inquérito contra o médico Giovanni Casseb e o garçom Wendhel Rodrigues revelam conversas em aplicativos de mensagens que mostram negociações entre o garçom e os clientes. Nas conversas, é possível ver que os clientes do garçom eram indicados pelo próprio médico, uma vez que sempre se identificaram de tal forma.


São mais de 400 páginas, que mostram como funcionavam as indicações. Para obter as provas, a polícia teve acesso a conversas tanto no celular de Casseb como no do garçom.


Além disso, o inquérito mostra ainda que os dois conversaram pelo celular mesmo após a prisão de Whendel. E foi depois da prisão dele que o médico começa a mostrar preocupação. Ele demonstra que sabia que seria preso e negocia, inclusive, sair do estado para recomeçar no Sul do país.


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