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Verão amazônico aliado a fumaça das queimadas muda a cor da paisagem de Rio Branco

Os principais cartões postais de Rio Branco estão com aparência seca, como se fosse um deserto. A vegetação rasteira do Parque da Maternidade, por exemplo, se encontra com uma cor roxa. A cena não é diferente com a grama do Parque do Tucumã, Horto Florestal e canteiros botânicos das avenidas da capital acreana.


Até a camada verde da Praça da Revolução, no centro da cidade desapareceu, dando lugar a uma espécie de chão de terra batida, devido a falta de irrigação. No local, falta água, até na fonte luminosa e no mini-parque aquático central, onde os pássaros se refrescavam nas horas de calor.


Vendedores ambulantes que frequentam a praça diariamente reclamam do pouco caso do poder público com a vegetação rasteira que embelezava o local.


“Era para a prefeitura ou o estado colocar caminhões pipa para irrigar a grama e plantas de nossos cartões postais. mas, lamentavelmente não se vê nem um dos dois terem essa preocupação”, lamenta seu Antônio Firmino de Souza.


A prefeitura informou que mantém os carros pipas para aguar o paisagismo da cidade, porém as gramas não são aguadas, pois ela tem recuperação imediata com a chegada das chuvas. As árvores e plantas ornamentais são aguadas diariamente.


Enquanto isso, a temperatura em Rio Branco permanece na média dos 34 graus, com a umidade relativa do ar abaixo do tolerável por plantas rasteiras e seres humanos, sem previsão de chuva, significante para os próximos dias.


O governador do Acre, Gladson Cameli, decretou na última sexta-feira 16, ‘Estado de Emergência’, proibindo qualquer tipo de queima no Estado. A medida se deu por conta da escassez de chuvas que se estende desde o primeiro semestre e tende a permanecer por mais três meses, com severa diminuição do nível dos rios e da umidade relativa do ar, fator que aumenta o risco de incêndios e potencializa danos à saúde e ao meio ambiente. O Decreto do estado de Alerta Ambiental é válido pelos próximos 90 dias.


Outra preocupação que consta na publicação é o risco de desabastecimento de água com o nível do Rio Acre cada vez mais baixo. A partir do Decreto foi criada a Sala de Situação de Alerta Ambiental, sob coordenação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA, e coordenação operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre – CBMAC, a qual funcionará junto ao Gabinete do Governador.


 


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