A precipitação climática nos últimos dias tem ocasionado forte seca na região, com isso, o Rio Acre principal manancial de Rio Branco e de onde é feita a maior captação de água para consumo humano na capital acreana atingiu a terceira menor cota do nível desde 2005. Nesta quarta-feira (14) o manancial registrou 1,66 metro ficando à frente apenas de 2017, no mesmo período, com 1,61 e 2016 quando o nível do rio atingiu a cota de 1,35 metro.
O coordenador municipal de Defesa Civil, coronel Bombeiro Militar, George Luiz Santos, alerta para incidência de ocorrências de incêndios florestais e queimadas urbanas neste período, que; além dos problemas respiratórios, traz no bojo, a possibilidade de uma diminuição da oferta de água tradada decorrente do arrefecimento de captação d’água agravado pela seca do Rio Acre.
George, explica que a seca deve seguir por mais cerca de 40 dias e que o período crítico está entre a 2ª quinzena de agosto e a 1ª quinzena de setembro. “A Prefeitura, por orientação da prefeita Socorro Neri, vem desenvolvendo várias ações de educação ambiental dentro de um processo contínuo e permanente”.
Visando chamar a atenção quanto ao crime ambiental das queimadas e do perigo das ocorrências de incêndios florestais e urbanos, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMEIA) adotou uma série de medidas voltadas para estudantes, blitz ambiental e palestras educativas para a população.
Segundo o secretário de Meio Ambiente da Prefeitura, Aberson Carvalho, o município entrou no período conhecido como “laço de fogo” (aumento de queimadas urbanas). Por esta razão, a SEMEIA está com equipes de plantão 24 horas por dia, atuando em todas as direções, buscando o enfrentamento mais eficiente as queimas.
Aliado a isso, equipes de educação ambiental trabalham com ensino permanente nos bairros, através das escolas e também promove visitas domiciliares, explicando dos riscos de queimadas. Na zona rural a Prefeitura atua no chamado “cordão verde”, extensão onde o município faz todo o processo de fiscalização.
O secretário lembra que queimar é crime passivo de multa que varia de R$ 400 a R$ 4 mil, além de responsabilização criminal com pena de até 6 anos de reclusão. A Lei de Crimes Ambientais, nº 9.605 de 1998, em seu art. 54, descreve o crime de poluição, que consiste no ato de causar poluição, de qualquer forma, que coloque em risco a saúde humana ou segurança dos animais ou destrua a flora.
“Um exemplo clássico desse tipo de crime é a queimada de lixo doméstico”, lembrou Aberson.
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS – A prefeita Socorro Neri também orientou a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) para avançar na política de prevenção como: campanhas educativas e orientações com cuidados à saúde principalmente em crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, devido ao elevado número de queimadas nessa época do ano.
O material orienta que neste tempo seco e de temperaturas elevadas durante o dia, a população deve usar roupas leves, evitar multidões e locais fechados, dar preferência a alimentos leves (frutas, verduras, legumes), umidificar o ambiente com panos unidos ou toalha molhada, espalhas bacias de água em pontos estratégicos da casa, pode evitar a desidratação ingerindo bastante líquido e manter os ambientes de casa ou local de trabalho livres de poeira.