Manifestantes fecharam um trecho da BR-364, nesta segunda-feira (5), nas proximidades do Belo Jardim III. Segundo moradores da comunidade, o ramal Belo Jardim está intrafegável e prejudica o escoamento da produção e sofrem com muitos roubos a motocicletas. A rodovia foi liberada às 10h40 [horário do Acre].
O morador Raimundo Afonso, um dos responsáveis pelo movimento, disse que o ônibus está deixando de circular por causa da situação precária do ramal.
“Todos estamos lutando por um objetivo e a reivindicação é que estamos cansados de ir ao Deracre conversar e eles ficarem de fazer o trabalho de piçarramento e tapa-buracos. Disseram que só vão fazer ano que vem e a comunidade não aceita isso. Até ônibus da linha está deixando de andar”, disse.
O diretor-técnico da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Seinfra), Alessando Rocha, disse que o ramal foi raspado e está no cronograma e o piçarramento ainda não foi feito pela falta de licenciamento da jazida.
“Entramos com a raspagem inicialmente e, no segundo momento, a gente jogaria piçarra, só que a jazida de onde a gente tiraria esse material, quem ficou de fazer o licenciamento dela foi o proprietário da área e até agora ele não conseguiu licenciar junto ao Imac [Instituto de Meio Ambiente do Acre]. Então, a gente não pode extrair material desse local se não tiver o licenciamento”, explicou o diretor.
O diretor-técnico da Seinfra disse que houve uma reunião com os moradores e ficou acertado que seria feito desta forma, primeiro a raspagem, depois o piçarramento.
“E os moradores estão chateados porque a gente não piçarrou o ramal. Ficou acordado em ata que assim que eles licenciassem, nós entraríamos com o maquinário para fazer a extração do material”, explica.
O morador Raimundo Afonso, conta que são pelo menos 22 quilômetros de ramal e os produtores enfrentam dificuldades para escoar a produção. Cerca menos 1,5 mil famílias sofrem com a precariedade do ramal e reivindicam as melhorias e disseram que devem permanecer no local até que tenham uma proposta concreta.
Colaborou Luízio Oliveira da Rede Amazônica.