Mesmo com o baixo nível do Rio Acre, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) afirma que não vai faltar água para abastecer a capital acreana, Rio Branco. Nesta quinta-feira (15), o manancial marcou 1,65 metro.
Sem chuvas significativas para os próximos três meses, a previsão é de que o nível do manancial baixe em 60 centímetros e fique abaixo de 1,50 metro. Em julho de 2017, o Rio Acre atingiu 1,49 metro na capital acreana. Em setembro do mesmo ano, o manancial chegou a marca histórica de 1,30 metro.
Ainda segundo o Depasa, atualmente há sete bombas em funcionamento nas duas estações de captação de água. O diretor-presidente do órgão, Josenil Costa Chaves, afirmou que, mesmo se o nível do rio baixar mais, a população não vai ficar sem água.
“Realmente o nível do rio está baixo, mas a lâmina d’água do Rio Acre é suficiente. Estamos com a lâmina d’água de aproximadamente de 1,60 metro a 1,70 metro. Isso equivale a mais ou menos 50 mil litros de água segundos passando”, reafirmou.
Estações de Tratamento de Água (ETA I e II) trabalham com capacidade máxima — Foto: Divulgação/Depasa
Chaves acrescentou que as duas Estações de Tratamento de Água (ETA I e II) trabalham com a capacidade máxima para garantir o abastecimento. Ele confessou que há problemas com bombas devido ao sucateamento, mas que está em processo de licitação a compra de novos equipamentos.
“Tivemos um problema semana passada porque nossas bombas estão sucateadas. Estamos esperando a licitação, foi licitado e é um processo que demora uns três a quatro meses, mas está correndo e daqui para terminar o ano teremos bomba nova. Semana passada deu problemas em duas, mas trabalhamos de madrugada, porque, quando quebra uma ou duas, baixa a vazão”, complementou.
Abastecimento
Ainda segundo o diretor, atualmente nenhum bairro da capital acreana está sem receber água. Se algum bairro estiver sem água, ele alegou que pode ser algum problema pontual, mas não devido ao abastecimento.
Chaves afirmou também que o nível do Rio Acre não é problema para o abastecimento. Para ele, se antes era decretada situação de alerta e até racionamento de água era devido os equipamentos que não estavam em boas condições.
“Tinha muito bairro que passava de quatro a cinco dias sem receber água, mas agora não tem um que passe, no máximo, dois dias sem água. Sempre culparam nosso rio pela baixa vazão no período de verão, mas não é esse o problema. O problema eram as bombas que no período do verão, por questão do desnível que chega a 18 metros, não joga a quantidade de água que joga no inverno”, concluiu.
Equipe da direção estiveram nas ETA’s I e II para checar funcionamento — Foto: Divulgação/Depasa