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TJAC promove palestra sobre violência doméstica para operários da construção civil

A atividade falou diretamente com homens que não teriam tempo de ouvir sobre esse tema em outros lugares, por conta do trabalho.


Cerca de 50 operários, que estão atuando na obra da nova sede do Tribunal do Regional Eleitoral (TRE-AC), foram mobilizados para uma palestra de Conscientização pela Paz em Casa. A oportunidade construída pela atual Presidência da instituição deu espaço para ação educativa do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Consiv).



A intervenção é uma das estratégias de enfrentamento à violência doméstica utilizada em diferentes segmentos e em todas as regionais do estado, uma vez que o diálogo sobre a cultura de paz constitui uma ferramenta preventiva de novas ocorrências e de desconstrução de ciclos de violência em relacionamentos. A ação mudou a rotina do canteiro de obras na manhã desta quarta-feira, dia 24.


Como o público era masculino, a presidente do TRE, desembargadora Regina Ferrari, falou sobre ser exemplo para os filhos. Em sua análise, apontou que a violência que começa nos lares se espalha pela cidade. Desta forma, “quando educamos filhos saudáveis, semeamos a paz”, argumentou.



Contextualizando o impacto da violência, a desembargadora Eva Evangelista afirmou que atualmente há mais de 10 mil processos de violência doméstica em andamento no Acre. Ao dar exemplos de condutas machistas, retomou o ponto de vista de que as escolhas de cada um influenciam o núcleo que integram.


A experiência da decana da Corte foi utilizada ainda para falar sobre igualdade. “A Justiça está trabalhando para oferecer uma resposta às vítimas, mas também aos agressores. Contudo, não nos limitamos a apenas  condenar, nosso compromisso é promover a cultura de paz”, reiterou.



Por fim, a juíza-auxiliar da presidência do TJAC Andrea Brito questionou: “a violência incomoda?”. Naturalmente, os participantes concordaram. Então, a magistrada continuou: “essa violência não é consequência da ausência de segurança, ou de poucos policiais nas ruas ou de restrição orçamentária. A violência nasce na desconstrução da família”, refletiu.


Saulo Souza, trabalhador que estava sentado na primeira fileira de cadeiras, resumiu o aprendizado do dia em poucas palavras: “como é importante lembrar que a família é a base de tudo”.


Também estavam presentes na atividade a coordenadora estadual do programa Justiça Presente, Pâmela Villela, a promotora Diana Tabalipa e os engenheiros responsáveis pela construção civil.


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