Ícone do site Ecos da Noticia

Na Expoacre, governo inicia ciclo de palestras sobre agronegócio

O potencial do Acre para fomentar o agronegócio e as políticas públicas em execução no setor foram apresentados durante a abertura oficial do novo espaço na Expoacre, o Auditório Rio Acre, no Galpão Institucional. Os dados foram apresentados pelo secretário de Produção e Agronegócio Paulo Wadt aos produtores rurais.


Durante os dias de realização da feira, o espaço reúne representes de instituições, governo e sociedade para debater temas relacionados ao setor produtivo. O governo está apresentando os três de seus maiores potenciais: a pecuária, o café e a mandioca. Será mostrada a evolução dessas culturas produtivas, além de toda a valorização da trajetória da pecuária no Acre, que em breve se tornará um dos primeiros estados do país considerados livres de febre aftosa sem vacinação, o que dará um leque de novas oportunidades de negócios ao setor.


De acordo com o gestor, o governo tem como meta garantir condições de trafegabilidade, melhorando os pontos críticos para que os produtores tenham a garantia de escoar a produção. Outro ponto destacado foi a necessidade de ampliar o acesso ao crédito rural para até 10,7 mil famílias, num valor de R$ 214 milhões.


“O que dificulta o acesso ao crédito aos produtores rurais é a burocracia. O produtor rural precisa da maior quantidade de documentos, para tomar empréstimos bancários, nenhum outro ramo tem tanta exigência. Nossa política principal é garantir o escoamento, se a produção não chegar ao mercado consumidor, ela perde o valor”, destacou o secretário.


Outro aspecto que dará suporte ao fomento do agronegócio é a regularização da situação fundiária e ambiental de aproximadamente 12 mil famílias, em todos os municípios do Acre. O governo irá disponibilizar crédito fundiário para até 1,3 mil famílias, num montante de investimentos de aproximadamente R$ 13 milhões.


“O Acre possui um grande potencial em relação à qualidade da terra e do clima. O estado pode se transformar em um dos maiores produtores do país”, pontuou o gerente-geral do Produção do Grupo Boa Safra.


Durante a apresentação, Wadt falou das mudanças no arcabouço jurídico para garantir as mudanças necessárias para que o Acre atinja um novo patamar no setor agropecuário, citando como exemplo uma nova legislação de isenção fiscal e também o decreto que disciplina a distribuição de máquinas agrícolas.


“Vamos trabalhar em forma de cooperação com o estado rondoniense. A Aleac já aprovou nova legislação, o produto do Acre irá pagar menos ICMS que os que vêm de fora. Nosso alvo é a alimentação básica, trabalhar com arroz e feijão”, enfatizou o secretário.


O secretário falou ainda dos impactos ambientais, a médio prazo, a meta é melhorar a sustentabilidade econômica das atividades extrativistas; introduzir tecnologias de manejo adaptadas à agricultura de baixo carbono e ampliar as alternativas de regularização ambiental dos estabelecimentos rurais por meio da recuperação ambiental de áreas degradadas e alteradas.


Um dos participantes do ciclo de palestras foi o presidente da Associação Bela Vista Valcir Souza dos Santos. Segundo ele, mais de 40 produtores rurais do Ramal Corte Silva, localizado na estrada de Porto Acre, estão em busca de melhorar de vida e apostam nas novas políticas ambientais de acesso ao crédito e de reestruturação de ramais. “Minha avaliação do encontro é boa. O que o secretário apresentou é o que nós estamos precisando, temos produção e no inverno fica difícil fazer o escoamento, trabalhar nos pontos críticos diminui os atoleiros e facilita o transporte das mercadorias. Os créditos também são importantes”, disse o produtor.


A Expoacre 2019 será realizada até o dia 4 de agosto pelo governo do Estado e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Associação Comercial (Acisa), Federação das Indústrias (Fieac), Caixa Econômica Federal, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac) e da Prefeitura de Rio Branco.


Sair da versão mobile