Cerca de 200 produtores rurais, representantes principalmente da agricultura familiar, se reuniram neste sábado, 28, em Acrelândia para discutir sobre o potencial da criação de suínos no município em parceria com a empresa Dom Porquito e o poder público, tanto federal quanto estadual.
O encontro foi uma iniciativa do senador Sérgio Petecão e a empresa acreana Dom Porquito, com o apoio do governo do Estado por meio do secretário de Produção e Agronegócio, Paulo Wadt. Também estiveram presentes o prefeito de Acrelândia, Ederaldo Caetano, o deputado estadual Neném Almeida e a presidente do Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosana Nascimento, além de representantes do Incra e o Instituto de Terras do Acre (Iteracre).
O objetivo do encontro foi fortalecer a produção de suínos no Acre, já que a atualmente a Dom Porquito abate cerca de 200 animais por dia, mas tem condições de abater 1.800 com a mesma estrutura. A empresa tem crescido e se destacado no cenário regional, principalmente ao apresentar um preço competitivo, além de se preparar para a exportação quando o Acre for declarado como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Para o senador Petecão é necessário expandir a ofertas de suínos no estado e Acrelândia pode ser um desses destaques, já que o potencial do agronegócio no município é gigante, com uma forte tradição nesse setor econômico. O prefeito Caetano destacou que também são necessários investimentos do Estado para que as aptidões produtivas do município se desenvolvam.
“Só esse grupo da Acre Aves e Dom Porquito possuem 700 empregos diretos em Brasileia e Epitaciolândia. E nós precisamos procurar maneiras de aumentar essa produção, porque assim aumenta o emprego, a renda. E é isso que eu quero, trazer mais emprego e renda pra Acrelândia também”, disse o senador.
Pela expansão
O diretor da Dom Porquito, Paulo Santoyo, fez uma apresentação explicando que a outra empresa do grupo, a Acre Aves, já está funcionando em 100% de sua capacidade, enquanto o setor de suínos ainda pode ser expandido em nove vezes sem muitos outros investimentos, apenas aproveitando a estrutura atual. Ele reforçou a importância da política de desenvolvimento adotada pelo governador Gladson Cameli para o agronegócio do Acre e como isso pode ser o trunfo necessário para uma guinada no setor de suinocultura no estado.
Durante a roda de debates, a principal reclamação dos produtores rurais foi a da morosidade existente por parte do Estado nos últimos anos em cumprir serviços como emitir a regularização ambiental e o cumprimento da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Mas segundo Paulo Wadt, agora esses processos não serão demorados e o Estado está se organizando para dar resultado a essas demandas o mais rápido possível para que o produtor não tenha seu trabalho empacado pela burocracia.
“A regularização fundiária junto com a reforma da legislação tributária e da legislação ambiental são os três pilares que vão alavancar o agronegócio no Acre nos próximos anos. Explicamos sobre os trabalhos já realizados desde o início do governo Gladson Cameli e que esses três passos já estão sendo dados, inclusive com o programa de regularização já em andamento para beneficiar mais de 10 mil famílias em todo o estado”, conta Paulo Wadt.
Os diretores da Dom Porquito ainda apresentaram os modelos de contrato da empresa com os produtores e novas rodadas de negócio serão feitas com representantes do município.