Matagal e total abandono. É assim que a estação de tratamento de esgoto do bairro Cabreúva, em Rio Branco, é encontrada atualmente. Preocupados, moradores resolveram denunciar a situação para a Rede Amazônica Acre, que exibiu reportagem neste sábado (6).
Ao G1, o diretor do Departamento de Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa), Zenil Chaves, explicou que apenas duas estações de tratamento foram entregues ao órgão. As demais, segundo ele, estão em construção ou foram abandonadas pela empresa responsável pela obra.
“A maioria das estações, cerca de 80%, ainda não foi entregue para o Depasa pelas empresas que pegaram para construir. Os contratos nunca foram terminados e nem repassaram para o Depasa. Estão abandonadas, mas não pelo Depasa. A responsabilidade cai para cima de nós porque, tudo sobre esgoto, água, é veiculado ao Depasa”, defendeu.
Abandono
O aposentado Wanderlei da Silva tem uma casa ao lado da estação. Segundo ele, o local não recebe manutenção há quase dois anos.
“Antes limpavam. Dois rapazes aqui mexiam em um motor que tem em um cacimbão, cortavam por cima, mas limpavam. Ficava menos sujeira do que está. Agora tem entrado cobra, rato e barata na minha casa”, criticou.
Silva afirma que procurou um responsável, no mês passado, mas nenhuma providência foi tomada.
“Procurei uma pessoa, que não estava, me passaram o contato dela, liguei, falei e cadê a resposta? A secretária ficou de me ligar, até hoje. Limpo meu quintal, mas o do vizinho, que é do governo, é desse jeito. Não sei que tratamento de esgoto é esse”, afirmou.
Casa de aposentado fica ao lado de estação abandonada em Rio Branco — Foto: Reprodução
Esgoto
Além do abandono da estação, a comunidade enfrenta outro problema: um esgoto entupido que deixa a rua alagada. No verão a situação é ruim, no inverno a situação fica ainda pior.
“Ano passado vieram, trocaram a tampa, disseram que iam secar para ajeitar, mas só fizeram a tampa e colocaram novamente. Isso acontecia geralmente no inverno, agora é no verão mesmo. Até se chover, ele enche e sobe um cheiro ruim”, acrescenta o morador.
O pastor Michel de Oliveira, que tem uma igreja que fica bem em frente ao local, também reclama da situação e pede ajuda ao poder público.
“É água suja, e, até mesmo na hora que estamos celebrando o culto, entra o fedor. Pedimos ajuda à prefeita, governo para olharem para nós. Nossa situação é muito triste aqui no Cabreúva”, pediu.