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Sobe para sete o número de casos de meningite no Acre em 2019, aponta Saúde

Subiu para sete o número de pessoas diagnosticadas com meningite no Acre em 2019, segundo dados do Departamento Estadual de Vigilância em Saúde. Desde janeiro deste ano até o último sábado (22), foram notificados 29 casos da doença no estado.


A última paciente diagnosticada com meningite bacteriana foi uma mulher de 37 anos que deu entrada, no sábado (22), no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb).


De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), a mulher é moradora do município de Feijó, no interior do estado. Ela está internada no leito de isolamento da Sala de Emergência Clínica do Huerb em estado estável.


Esse foi o segundo caso confirmado da doença na mesma semana. Um homem de 58 anos, deu entrada no hospital do município de Senador Guiomard, no interior do Acre, com suspeita da doença. Após a suspeita, ele foi transferido para o Huerb, na quarta-feira (19).


Na quinta (20), foi feito o exame para saber do que se tratava, e ficou confirmado o caso da meningite bacteriana – meningocócica. Conforme a secretaria, o quadro clínico do paciente é estável e ele permanece internado na UTI do Huerb.


Dos casos confirmados até o dia 22, um foi por meningite viral, dois casos de meningite não especificadas, um de meningite de haemophilus e um de meningite bacteriana não especificada. O caso do paciente de Senador Guiomard é de bacteriana – meningocócica.


Já o caso da paciente de Feijó, a Saúde ainda aguarda o resultado do exame que deve indicar qual o tipo de meningite bacteriana.


Número é menor que em 2018

Embora não tenha sido divulgados pela Sesacre, em 2018, o Acre recebeu mais de 60 notificações da doença durante todo o ano passado. Destas, 29 casos foram confirmados, o que representa uma incidência de 3,3 casos por 100 mil habitantes.


Foram 14 de meningite não especificadas, 11 de bacteriana, duas de viral e outras duas de outras etiologias.


Considerando o período de 1 de janeiro a 22 de junho, o número de casos em 2019 é menor que no ano anterior. Segundo os dados, em 2018, foram registradas 31 notificações da doença, sendo 12 casos confirmados.


“As notificações estão menores, os casos confirmados também estão menores. Ou seja, não está fugindo do padrão de comportamento da doença. Os casos que ocorreram, apesar de terem se concentrado nessa última semana, eles são de municípios diferentes, então não têm uma relação entre si”, disse a coordenadora da Área Técnica das Meningites do estado, Helena Catão.


A coordenadora afirmou que as providências estão sendo tomadas para evitar novos casos. “São casos esporádicos que acontecem ao longo do ano. Mas, a vigilância sempre acompanha esses casos, dá o andamento das condutas diante de cada um, justamente para a gente evitar futuros casos relacionados a eles”, concluiu.


Meningite

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela é causada por diversos agentes infecciosos (bactérias, vírus e fungos).


A meningite tem uma alta taxa de mortalidade e sequelas, como surdez, perda dos movimentos e danos ao sistema nervoso. As crianças são a faixa etária mais atingida, e os pacientes devem ter um acompanhamento por pelo menos 6 meses depois da doença.


Transmissão

A meningite é transmitida quando pequenas gotas de saliva da pessoa infectada entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de um indivíduo saudável.


Pode ser por meio de tosse, espirro ou pelo contato com barras de apoio dos ônibus, por exemplo. Por isso, ambientes com muita gente e pouca circulação de ar são ideais para o contágio, e a doença costuma se espalhar muito no inverno.


Sintomas e diagnóstico

Os principais sintomas da meningite são dor de cabeça, febre e confusão mental. Nem sempre há rigidez na nuca, e o teste não pode ser feito por um leigo apenas ao baixar a cabeça – só um médico pode avaliar o quadro corretamente.


O diagnóstico “padrão ouro” ocorre pelo exame do liquor, líquido que banha o sistema nervoso. A cor do liquor já indica se a meningite é por bactéria ou vírus.


 


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