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Medicamentos continuam em falta no Hosmac e paciente reclama: ‘uma vergonha’

Filas, impaciência, revolta e tumulto. Esse é o cenário encontrado no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac), em Rio Branco, na manhã desta segunda-feira (17). Os pacientes buscam medicação ou uma vaga para conseguir uma consulta com os médicos.


No mês de abril, uma equipe da Rede Amazônica Acre esteve na unidade e mostrou a insatisfação dos pacientes. Faltavam médicos e remédios na unidade na época. Nesta segunda, outra equipe foi no local e flagrou o hospital em situação semelhante.


A reportagem apurou que faltam 18 tipos de medicamentos no Hosmac. Porém, em nota, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) enviou uma lista com 12 tipos de remédios, sendo que destes, dois estariam em falta e um teve a produção descontinuada no mercado.


“Importante salientar que alguns medicamentos disponibilizados também fazem parte da Atenção Básica, que tem recebido integralmente o repasse do componente básico da assistência farmacêutica desde janeiro de 2019”, diz a nota.


Revolta

Os pacientes afirmam que há meses não têm o remédio carbono de lítio, entre outros. A dona de casa Auricélia Silva do Nascimento é uma das pacientes que toma o carbono de lítio, mas que nunca pegou na unidade e precisa comprar. Além desse remédio, Auricélia toma mais dois medicamentos.


“Não sou só eu, tem os outros também. Cheguei 5h com meu esposo e estou até agora e a ficha pra marcar a consulta é a 65. Tenho que esperar e se o computador não tiver funcionando, temos que voltar pra casa e retornar amanhã. São essas coisas que deixam a desejar nesse hospital, é uma vergonha”, criticou.


A pensionista Diana Barbosa tenta conseguir remédio há seis meses, mas só conseguiu um nesta segunda. Para a paciente, o hospital alega que não está recebendo o remédio da Secretaria de Saúde do Acre.


“Tenho que comprar. Ainda bem que ganho essa pensão pra comprar, senão ia ter que pedir, porque não tenho vergonha, peço mesmo. Tenho uma filha de sete anos e tenho que cuidar dela. Se não tomar os remédios fico agitada, então, tenho que arrumar o dinheiro pra comprar”, acrescentou.


Diana mora no interior do estado e precisam vim à capital acreana de dois em dois meses.


“Mês passado eu vim e não tinha vaga, me marcaram para três depois, mas eu não tinha receita e foi muito ruim pra eu pegar. Não queriam me dar o remédio”, lamentou.


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