Mais de cinco mil fiéis participaram da procissão de Corpus Christi nesta quinta-feira (20), em Rio Branco. Durante a caminhada, os participantes cantaram, rezaram, relembraram o corpo de Cristo e pediram paz.
Nesse momento, os fiéis rezaram pelo menino Rhuan Maycon, morto e esquartejado no início do mês. A mãe de Rhuan e a companheira dela estão presas suspeitas do crime.
O vice-reitor da Diocese de Rio Branco, padre Jairo Coelho, explicou que o evento religioso deste ano tem como tema Dignidade da Pessoa Humana.
“Foi a temática da Campanha da Fraternidade, que é sobre as políticas públicas. Jesus foi aquele que estava comprometido com o mais pobre e é isso que ele quer alimentar, torna-se esse pão da vida. Pedimos sempre pelo fim da violência, pela paz e para que enfim tenhamos uma cidade pacífica e uma sociedade mais justa”, ressaltou.
Os fiéis saíram da Catedral Nossa Senhora de Nazaré, onde foi realizada uma missa, e seguiram pela Rua Floriano Peixoto até a Epaminondas Jácome. De lá, a multidão subiu pela Avenida Marechal Deodoro até a Avenida Brasil. A caminhada terminou quando os participantes chegaram à Avenida Getúlio Vargas.
Fé e gratidão
A dona de casa Marta Alves estava com os pés descalços para pedir saúde para a filha de 40 anos. Mas, sempre foi dessa forma que ela caminhou durante as procissões, seja para pedir algo ou apenas para agradecer os milagres alcançados.
“Agora estou com a minha filha doente, quero pedir essa graça. Ela adoeceu com falta de ar, mas viajou hoje e não sentiu mais nada. Acredito que já alcancei a graça. Faz muitos anos que eu caminho, antes dela se formar e continuei. Agradeço por tudo”, confirmou.
Com o neto Gustavo, de 9 anos, e a duas filhas ao lado, Francisca Paiva, de 45 anos, saiu do Loteamento Praia do Amapá, região do Segundo Distrito de Rio Branco, para a procissão. Francisca descobriu há oito anos um problema no coração, mas rezou por um milagre e hoje consegue caminhar sem sentir dor.
“Fiz uma promessa e curei. Morava nos hospitais, agora graças a Deus é difícil eu ir. Vivia de hospital em hospital. Há quatro anos melhorei. Não perco uma procissão”, confirmou.
O servidor público Luecildo Fiesca segue uma tradição familiar. Toda procissão traz um filho para agradecer as bençãos alcançadas. Esse anos, Fiesca trouxe o filho Antony de 6 anos para a caminhada.
“Vinha com minha avó e minha mãe. Sempre agradecemos a Deus pela vida, saúde e sempre que posso vou nas missas”, contou.