Moradores dos municípios de Assis Brasil e Manoel Urbano, no Acre, correm o risco de ficar sem energia nos próximos dias. O aviso foi dado pela concessionária Energisa – que, em agosto do ano passado, comprou a distribuidora estatal Eletroacre. O risco de apagão é atribuído a um erro http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo das duas estatais que atuavam na região.
Em 2018, como a Eletroacre seria vendida, a estatal simplesmente deixou de incluir, em seus planejamentos de abastecimento, a necessidade de renovar o contrato que detinha com as usinas térmicas que abastecem esses municípios desplugados da rede nacional de transmissão. São os chamados “sistemas isolados”, que precisam ter uma usina próxima para acesso à energia.
O impasse afeta os dois municípios acreanos, que têm contratos de fornecimento de energia somente até o fim do mês de julho. A Energisa espera uma decisão urgente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pois não tem autorização para renovar os contratos já firmados com as usinas. Pelas regras do setor, a empresa só pode assinar novos contratos de abastecimento por meio de leilões realizados pela agência.
“Vislumbra-se o risco da interrupção do fornecimento de energia para os sistemas isolados, situação esta que, como destacado, decorre da ausência de planejamento da gestão anterior, quando as distribuidoras eram geridas sob regime de designação”, afirmou a Energisa, em carta à Aneel, em maio. No documento, a empresa pede que a agência autorize a prorrogação por 36 meses dos contratos que vence que vencem nos próximos dias. A concessionária informa que está construindo linhas para interligar os municípios e que pretende rescindir esse acordo assim que as obras ficarem prontas. A agência ainda avalia o pedido.
Questionada, a Energisa disse que “não há qualquer possibilidade de descontinuidade do fornecimento de energia”. A empresa diz que “todos os procedimentos legais de regularização (…) já foram solicitados e estão em andamento na Aneel e demais órgãos competentes”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.