A fiscalização mínima nas fronteiras do Acre com a Bolívia e o Peru tem facilitado não só a entrada de armas e drogas no Brasil, mas também a saída de imigrantes vindos da África e Ásia em direção aos Estados Unidos.
Uma reportagem do jornal Estadão aponta o Acre como rota para chegar ao sonho americano. De acordo com o padre Paolo Parise, coordenador da entidade Missão Paz, chegar aos Estados Unidos utilizando o Acre é mais barato, além de existir menor fiscalização nas rodovias.
“O caminho mais barato é por terra, via Acre. Um imigrante me disse que pagou US$ 6 mil”, diz o coordenador da Missão Paz.
Ele explica também que muitos estrangeiros pensam em construir uma vida no Brasil, mas se decepcionam com as poucas oportunidades de trabalho encontradas aqui, o que os levam a buscar os Estados Unidos.
Esta semana o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, disse que é necessário um esforço internacional, que inclui o Brasil, para conter a entrada de estrangeiros em solo americano. Ele pontuou que o México não pode arcar sozinho com as imposições feitas pelos norte-americanos.