A proposta do governo do Estado, de mudar o período para promoção de cabos e sargentos da Polícia Militar do Acre (PMAC), enviada à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na quarta-feira, 29, gerou um mal estar na sua base. O líder governista, Luiz Tchê (PDT), chegou a falar que “tem um lado que a carreira da PM é meteórica, mais rápida do que alguns estados e até do exército”.
A fala que atinge em cheio a corporação militar acreana, que em sua maioria apoiou de forma ativa a vitória do governador Gladson Cameli. Vale apontar ainda que durante a gestão do último governo, de Tião Viana, ainda em 2011, foi alterado a lei de promoção, aumentando as vagas para praças e oficiais. De 2011 a 2017, foram 2.493 promoções de posto na PMAC.
Tchê ainda alertou para a questão previdenciária envolvendo a PM. “Um jovem que entra na PM com 20 anos, ele se aposente com 48 anos. Aí a previdência não aguenta”, disse. A fala não agradou os colegas, e fez movimentar até a base.
“Pelo teor do projeto, a Polícia Militar parecia que tinha sido contra o governo Gladson. Engraçado que não vi nesta lei, mudança para os oficiais. Metórica é um oficial entrar como segundo tenente e depois de 15 anos ser um coronel fechado”, afirmou Cadmiel Bomfim (PSDB).
De acordo com a proposta do governo, o prazo para que os militares sejam promovidos é ampliado de 6 para 10 anos de promoção a cabo e 15 para sargento. A PLC altera o artigo 13 da Lei Complementar nº 164, de 03 de julho de 2016 que informa que um militar deve ter 6 anos contados desde o curso de formação de soldado para ser promovido a Cabo e mais 3 anos como Cabo para ser promovido a Sargento.
O projeto foi retirado de pauta, por enquanto.