Gladson Cameli parece sentir vergonha de dar transparência a alguns dos seus atos publicados no Diário Oficial. O pivô desta constatação é o ativista de rede social Hedislandes Gadelha, um dos seguidores do ex-governo petista que, na campanha de 2018, fez muito barulho como desafeto público do senador que virou governador.
De março a a maio deste ano, Gadelha foi nomeado, exonerado e novamente nomeado. Chama atenção a confusão da Casa Civil: o decreto que tornou sem efeito o ato de nomeação foi considerado sem efeito, mas o nome do rapaz não aparece, numa manobra premeditada para legalizar o ato, garantir o assessor na folha sem despertar a ira dos aliados emputecidos pelo desprezo do Palácio.
Se a intenção era escamotear a nomeação, deram com os burros n´água. Nem precisava perder tempo, afinal o que tem de petista e comunista ganhando os tubos nesse governo não está no gibi.
Importa esclarecer que qualquer trabalhador tem seus méritos quando conquista o seu espaço no governo, sejam quem for, até mesmo Hedislandes, que, do seu jeito, se aproximou do governador, a quem batizou de padrinho de sua filha menor e o considerou um dos homens mais cheirosos da província. Nada contra olfato aguçado de quem quer que seja…
Não interessa, também, quanto vai ganhar o novo assessor palaciano, se mil ou dez mil, isso é mérito dele, de uma articulação feita por ele. Paciência se os aliados que somaram votos, muito mais do que Hedislandes tirou, na campanha, ficaram a ver navios, desprezados, excluídos, sem acesso facilitado na guarita da Casa Rosada, muito diferente do “fiel” atirador.
Critério técnico uma ova !
Quem dera o senhor Cameli tivesse a mesma consideração e apadrinhasse tantos bebês e seus familiares, a comer pão seco e aturdidos em dívidas intermináveis, assombrados pelo fantasma do desemprego e da desesperança.
Quem dera esses mesmos excluídos, azarentos, tivessem a mesma sorte de um Hedislandes, de ao menos serem recebidos como gente, no aprazível escritório de governo, a fim de receber um NÃO mais digno, ao invés do silêncio covarde que entorpece essa gente miserável de ingratidão.
Parabéns, Hedislandes. Não esqueça dos seus verdadeiros amigos, se os tiver.